sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Oprimidos.



Nós somos o que não conhecemos ou o que querem que somos. Vivemos assim, dessa maneira dirigida e obrigada por outros. Hilariante é saber que não só os "inferiores" obedecem ao sistema, mas também os opressores, que mal sabem que seguem seus passos orientados pelo que, desde tempos remotos, lhe impõem a fazer. Quem é livre? O que é realmente livre? resposta que nem o opressor nem o oprimido sabem responder. Foram paridos em tal posição e medrosamente se atrevem a indagar os porquês do mundo. E assim, passamos os dias, noites e os anos, tristemente vividos ou inaceitáveis para a massa depreciada; os tais dos bárbaros, gente sem noção e sem razão, que nasce com o destino escrito para a desgraça sem saber o porquê. O homem é um animal que pensa e que interpreta seu mundo, que o humaniza, mas não é humanizado; homens de raças e graças, que constrói, a partir do seu pensamento, uma urbanização chamada cultura. Esse homem  desiste de brigar,  aceita ser ignorante e mandado, vestir o que lhe é enviado e busca a vida alheia, mas esquece (ou não sabe) que cada um tem seu caminho e que o caminho alheio, não é o melhor para si, pois cada um tem as experiências que necessita para a medida da sua própria evolução. Basta esse homem pensar, que logo por uma lógica racional, percebe que o mundo não é minoria, é feito para todos os seres e que ser oprimido não foi decisão de Deus, deuses ou o Diabo. Foi decisão do sectário, do homem que vive na intransigência, na hostilidade e egoísmo. Não é o oprimido que realiza a violência, é o opressor, que com medo de ter menos para si, dita como quer que o outro viva e retira dele tudo o que beneficia a si, mas o oprimido sempre se rebela, afinal, que bom que perceber o mundo é princípio da racionalidade.


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