sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Chico Xavier: Amor, Luz e Caridade.




Ele nasceu em solo mineiro, numa cidade hospitaleira de gente tranqüila e fé irrevogável. O pequeno município chamava-se Pedro Leopoldo e abrigava uma população miúda, crente em sua religiosidade e fervorosos em seus conceitos. O pequeno homem  nasceu (sem saber o porquê) já grande, diferente dos outros, capacitado a ouvir e ver coisas que eram incomuns no seu meio. Ele chamava-se Francisco, mas todos os conheciam como Chico, o Chico Xavier. Chico era "menino estranho", que via gente do "outro mundo", conversava com os mortos e escrevia o que eles lhe narravam. E, como é de costume, um ser que tem tantos mecanismos adversos, só poderia mesmo ser punido e marginalizado, afinal, mexer com a moral social e diferenciar-se do seu grupo, aterroriza e abala toda a instituição sociedade. Mas o menino Chico cresceu e amparado por amigos encarnados e desencarnados, compreendeu sua condição e descobriu-se não um pecador, mas um médium. Era a tal da mediunidade, que é a capacidade de comunicar-se com os que não estão mais na matéria, que permitia que o jovem visse e ouvisse o que os que estavam ao seu redor nem sequer captavam ou, se captavam, sentiam em menor proporção. Chico ganhou entendimento e auxiliado por Emanuel (seu mentor espiritual) pôde dar um presente à humanidade: educação moral e esclarecimento espiritual. Seu trabalho não foi somente divulgar e explicar a doutrina espírita (que é cristã, espiritualista e caridosa) mais foi, sobretudo, trabalhar em favor dos necessitados; dos necessitados de amor e educação espiritual, para conduzir os seres para renovação e evolução.



Seu trabalho percorreu várias vertentes, como psicografias, escrevendo cartas para famílias desoladas que buscavam explicação para a morte, a separação do corpo físico de um ente querido, livros  - que nos ensina e preenche de luz e entendimento na caminhada difícil que nós, seres errantes, temos que percorrer, apóio e explanação para todos os seus irmãos que enfrentam as mais profundas misérias físicas e espirituais e, também, participou do programa da Rede Tupi, "Pinga -Fogo", local em que respondia indagações sobre a vida, morte e espiritualidade e divulgava o amor, caridade e entendimento do porquê da vida. Chico, o "menino estranho", que nasceu em 1910, desencarnou em 2002, com seus  92 anos vividos para o amor e caridade. Chico foi espírita, foi cristão, amigo, trabalhador, foi um homem que se silenciou perante as críticas, amou aquele que ainda não tinha condições de entender a grandiosidade do seu trabalho, que teve paciência diante dos que lhe nutriam aversão, que respondia com delicadeza quando o escárnio e a ridicularização insistia em lhe maltratar, amou todos os seres humanos, seus irmãos (filhos de um único pai, Deus); Chico foi luz na escuridão, pés fortes e sábios durante os imensos trajetos; Chico foi mais que religião - que é a base que ainda necessitamos ter para compreender o amor e respeito  - , foi mais que um amigo caridoso e companheiro, Chico foi, na verdade, um homem que já sabia amar e se doar, já sabia como exercer o ensinamento do nosso mestre: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Chico não era muito carne, não era só espírito, era uma luz gradual que irradiava amor; um amor sem medidas, que iluminava tudo e todos; foi fonte de luz que iluminou os caminhos vacilantes que adotamos iludidos pelo orgulho, esgoísmo e vaidade, fornecendo ensinamentos claros e lúcidos para retificação de nossa moral e início da esperada "Reforma íntima", que salvará o espírito imaturo do desamor e sofrimento, lhe conduzindo para a verdadeira felicidade, luz, paz e evolução. Para o caminho grandioso dos planos de Deus.






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