tag:blogger.com,1999:blog-82552159255960478722024-03-05T11:33:00.234-08:00Escritos e VidaDaiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.comBlogger76125tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-53321653802192340622014-12-13T14:23:00.003-08:002014-12-15T06:21:23.329-08:00Germinal de Émile Zola<div>
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<img src="http://covers.feedbooks.net/book/6045.jpg?size=large&t=1361550796" height="400" width="260" /></div>
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Nas minas de carvão Voreux, localizadas numa cidade francesa, trabalhavam arduamente homens, mulheres e crianças, sem distinção de cor, idade ou disposição. Condicionados as necessidades da carne e da sobrevivência, lançavam-se diariamente ao martírio de serem mineiros e fazerem ricos os patrões e a eles mesmos, operários, mais pobres a cada dia. Despertavam pela madrugada e como bichos enfiavam-se debaixo da terra, a metros de distância do solo preenchido de vida, germinação e belezas. Como bichos, cavucavam a terra, suavam pelo calor excessivo que maltratava o corpo e não sabiam como aguentavam, como se a pele pobre e decaída, soubesse que não havia outra saída, a não ser aquela, de viverem como minhocas, em troca de uma miséria de vida e comida que nem pesava o estômago.</div>
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Percorriam horas prolongadas debaixo da terra, andando pelas galerias abertas, condicionando seus corpos a exercícios sobre-humanos para produzirem para seus patrões (capitalistas viventes do suor humano) e depois subiam a face da terra, vendo à noite que os tinham levantado na madrugada e voltavam para o Conjunto Habitacional, moradias desgraçadamente forjadas de casas, anexas as minas de carvão, uma mentira de casa inventada pelos senhores capitalista como vestígio de uma pseudo dignidade humana, que afirmavam descaradamente fornecer aos mineiros.</div>
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No Conjunto Habitacional, lugar que chamavam de casa, dormiam fatigados, dividiam o lugar que denominavam serem leitos, num cubículo de espaço tão minúsculo que sentiam seus corpos em comunhão. O calor impregnado em seus corpos misturavam-se com a sujeira não removida pelo banho escasso de baldes. Dormiam, sem poderem realmente descansar, num sono doído, com seus corpos pesados do trabalho e a barriga vazia, cheia de fome e o dinheiro que ganhavam não conseguiam nem se alimentar. Uma miséria de renda dada a cada um dos operários que, no fim, quando unida, não alimentava toda família e ainda deixava as crianças a chorar, de tanta fome e dor que tinham desde que se entenderam por ser parte daquela gente.</div>
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Na casa dos Maheu, o quadro de pobreza e crescente miséria, que adoecia aquela gente já destinada ao perecimento, fazia-se gradativa, como se fosse um símbolo de todo grupo de mineiros condicionados àquela situação quase não definida por letras ou ciência, em que o homem subjuga o homem de tal forma que pouca noção de humanidade ou racionalidade restam sobre no subjugado, adoecido de fome, de dor e pelo sistema de classe bem delimitado de mandatário e oprimido.</div>
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No sistema rentável de mineração, em que os ricos ficavam mais ricos e os pobres mais pobres, não havia pudores ou pauras. Todos eram atingidos. Crianças no andar de suas infâncias eram lançadas ao trabalho, educadas como produtos para produzirem, cobradas por terem sido alimentadas por tanto tempo sem produzirem. Meninas, sem mesmo entrarem na puberdade, eram obrigadas a darem seus corpos ao sistema: como operárias, trabalhando com a força de homens e seus sexo, estupradas, usadas e manipuladas pelo prazer do outro, como se fêmeas servissem para saciar a vontade de seus machos e, ainda, recebedoras de violência física, quando seu companheiro ou amante assim quisesse, apenas para expor o ódio intrucado pela fome e segregação.</div>
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Em meio a promiscuidade, fome, miséria e sujeira aquele bando de gente viviam como bichos. Amontoados de bichos que serviam a um único condutor. Um sistema de gado. Sem voz, fala, levando seus corpos subnutridos para o trabalho que enriquecia poucos e mantinha dezenas numa miséria degradante que distanciava àquelas pessoas de qualquer coisa que identificasse ser vida. Nesse amontoado de insalubridade, o jovem forasteiro Etienne surge como um ventilador que levanta novas ares. Possuído de informações, razões e motivos que poucos conheciam, lança a semente para uma nova forma de vida: revolução do povo para o povo, em que as ideias de Karl Marx não eram absurdas, mas uma possibilidade de se verem como povo e como gente que poderia viver e não mais sobreviver deste sistema de matança velada que era o capitalista contra o proletariado.</div>
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Essas novas ideias, como sementes em germinação, levantaram o povo, o levaram a outro patamar e iniciou-se uma revolução social entre os mineiros, depois de germinarem dentro de si a vontade de um novo tempo!</div>
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<a href="https://boookuniverse.files.wordpress.com/2014/11/emile-zola-gravure.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://boookuniverse.files.wordpress.com/2014/11/emile-zola-gravure.jpg" width="177" /></a></div>
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E, deste novo sistema de luta e germinação, nasceu "Germinal", obra do escritor francês Émile Zola que destemidamente passou 02 (dois) meses entre mineiros de uma mina de carvão, na França, para compor essa obra que germinou em mim, leitora e, sem dúvida, em todos os leitores que tem contato com esta obra, uma nova forma de ver a literatura, a escrita e a vida! </div>
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Germinal é uma obra indescritível, penetrante e nenhuma resenha ou consideração pode ser realmente boa para descrever a genialidade de Zola ao escrever sobre a pobreza dos homens (a moral e material), a fome, a descrença e o sofrimento em um estágio inimaginável para a vida de um ser humano. As criminalidades em decorrência do sistema capitalista, a luta de classes e o homem, imbuído de fome e revolta por dar à sua vida em favorecimento aos burgueses, enquanto morriam gradativamente, resulta não só na concepção de naturalismo e realismo literário, mas na criação de uma obra que é arte, denúncia, política, história e sumamente humana. Tão humana que nos deixa fragilizados pela falta de humanidade com a vida humana.</div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-86804673370582007042013-10-27T15:20:00.000-07:002013-11-03T11:46:41.734-08:00Opinião: Programa Mais Médicos.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFu7dA2TDmWi098ofYKbWy8FyWRN5GrKAW_Bq0Mjo4NEprJT3XuD8N0VQIrU_tHhwkhzt96dpb0H4Ry6FeEGIdFtcVMW82FGLm8fm7kLVIxsDScnDFhlX0EzXdNRPbq2ZBwH83ykxOCOM/s1600/%C3%8Dndice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFu7dA2TDmWi098ofYKbWy8FyWRN5GrKAW_Bq0Mjo4NEprJT3XuD8N0VQIrU_tHhwkhzt96dpb0H4Ry6FeEGIdFtcVMW82FGLm8fm7kLVIxsDScnDFhlX0EzXdNRPbq2ZBwH83ykxOCOM/s400/%C3%8Dndice.jpg" width="400" /></a> </div>
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"<b>O programa do Governo "Mais Médicos" visa, através da inserção de médicos nas unidades de saúde do país, fornecer melhorias no sistema de saúde que, precário e inadequado, perece e desassiste à população".</b></div>
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O programa "Mais Médicos" implantado pelo Governo Federal, nasceu da extrema necessidade de oferecer a todas localidades da nação, acesso à tratamentos e assistência médica, a fim de assistir de forma digna e correta à população brasileira. O projeto, urgente e relevante para reverter a atual demanda de atendimento dispersada pelo país, apresentou-se como ferramenta de mudança diante a ineficácia do atual sistema de saúde que, escasso de profissionais e estrutura física, inviabiliza o ideal atendimento à nação.</div>
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O projeto, de acordo com o Governo Federal, visa fornecer aos municípios, médicos e estrutura adequada para que os profissionais de saúde exerçam com qualidade, técnica, precisão e conhecimento as atividades denominadas "atendimento em saúde". Ou seja, fala-se aqui, não só de médicos, mas de inserir nos sistemas de saúde profissionais de diferentes formações como, farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, etc. Fala-se, também, na criação de estrutura física como laboratórios, áreas cirúrgicas, farmácias e medicações em quantidade e variedade para atender diferentes diagnósticos; fala-se em amplo atendimento no âmbito da saúde.</div>
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Ante exposto, o programa "Mais Médicos" é um programa relevante, necessário, inteligente e social, visto que oferecerá dignidade de vida humana, como determina à Constituição, aos cidadãos. Ocorre que este projeto, no papel, apresenta-se belo e social, na realidade, com inúmeras dificuldades para sua esperada efetivação. O Governo, a princípio, formulou o programa com a inserção de médicos, acompanhada de infraestrutura adequada para viabilizar nos municípios, hospitais e unidades de saúde com estrutura viável nos atendimentos de urgência, emergência, acompanhamento, promoção de saúde e tratamento, mas, apesar de alguns profissionais <b>já terem sido inseridos em regiões precárias e carentes, a infraestrutura física nas unidades de saúde não estão sendo construídas, a fim de receber os profissionais já encaminhados para alguns municípios. </b><br />
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Os médicos, estão sendo contratados, mas se ausente continuar a estrutura adequada para que todo tratamento iniciado após a prescrição possa ocorrer,<b> o país terá mais médicos, mas não absoluta solução.</b> O profissional médico, extremamente importante, estará na unidade de saúde para prescrever o tratamento adequado ao cidadão, <b>mas haverá, também, a medicação prescrita para o diagnóstico? Terá centros cirúrgicos para doenças que exigem intervenção cirúrgica? Haverá a disponibilidade de centros laboratoriais e profissionais competentes para realização e emissão de exames que auxiliam o diagnóstico e o prognóstico de doenças?</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVTZNvsEdsF3ki83qktU2WGZqXtQDcjEZjvuRuOqNFJD-riw1YGZepagqE1f10BcMmxzfeWlrItffld-sTFaq9mgbI1Gf3C-yIlDe5jZipevUthZaszt1UyOZ9BY7ayhQoOtB3vpK9mbE/s1600/em-defesa-da-saude-da-populacao-brasileira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVTZNvsEdsF3ki83qktU2WGZqXtQDcjEZjvuRuOqNFJD-riw1YGZepagqE1f10BcMmxzfeWlrItffld-sTFaq9mgbI1Gf3C-yIlDe5jZipevUthZaszt1UyOZ9BY7ayhQoOtB3vpK9mbE/s400/em-defesa-da-saude-da-populacao-brasileira.jpg" width="400" /> </a></div>
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<b>"Em grande parte do país, a realidade de atendimento no âmbito da saúde é extremamente precária. Faltam médicos, infraestrutura e qualidade. E o Estado, negligente e corrupto, não efetiva meios para sanar a problemática". </b></div>
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Se o programa se restringir no contrato de mais médicos e não for acompanhado de uma <u>mudança significativa em todo sistema de saúde</u>, o problema não se solucionará, apenas o Governo estará aplicando uma alternativa paliativa (ineficaz, no caso) para mostrar à população que possivelmente o atendimento em saúde, tão solicitado e exigido como a Educação, será melhorado, <b>mas nos hospitais só teremos mais médicos que, identificando as nossas necessidades orgânicas, não poderão fazer mais do que prescrever o tratamento e desculparem-se, visto que o Governo os contratou, mas não criou meios para eles efetivarem o que estudaram para fazer.</b> Descaso com o povo, descaso com o sistema e descaso com esses profissionais que não poderão realizar com totalidade o ofício da medicina.<br />
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Além de tais questionamentos citados, o programa "Mais Médicos" suscitou no Brasil, entre a população e os profissionais da medicina, discussão sobre a efetivação do programa visto que, prioritariamente, médicos brasileiros seriam contratados para o programa e na ausência de inscritos, vagas para médicos estrangeiros seriam disponibilizadas. A formação acadêmica dos profissionais, principalmente cubanos, foi questionada, visto que a categoria de médicos do Brasil consideram a formação intelectual daqueles, inadequada à realidade brasileira. <b>Em contraponto, os médicos brasileiros não aceitam trabalhar em regiões precárias e por uma remuneração que consideram inferior ao nível de conhecimento que definem ter.</b><br />
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O número de médicos brasileiros inscritos no programa foi inferior ao desejado, de forma que médicos estrangeiros, como esperado, foram contratados para regiões brasileiras esquecidas, carentes, que médicos brasileiros consideram precárias, saturadas de problemas e com <b>remuneração e estrutura inviáveis para exercerem a profissão, </b>visto que nos grandes centros e metrópoles, trabalham por boa remuneração, qualidade de vida e acesso. <u><b>O fato é que a maioria da categoria não aceitou participar do programa, mas não aceitam, também, que médicos estrangeiros exerçam a medicina no país</b>.</u> Quem perde, o médico brasileiro? O médico estrangeiro? Não. Nenhum dos dois. Quem perde é a população que quer saúde, quer ser atendida e necessita de auxílio, de forma que a inserção de mais médicos, mesmo não sendo brasileiros, foi positiva ao sistema de saúde do país, <b>mas, claro, deve ser acompanhada de uma mudança na infraestrutura e atendimento geral no sistema de saúde.</b><br />
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O fato, também, é que os médicos estrangeiros aceitaram trabalhar por uma remuneração considerada inaceitável pelos médicos brasileiros e tornaram-se mão de obra barata para o Governo, que estão aproveitando da necessidade desses estrangeiros para gastarem pouco e, ainda, <b>afirmarem que estão fornecendo saúde completa e precisa</b>. Os cubanos, por exemplo, ganham pouquíssimo, trabalham muito e grande parte de sua remuneração é mais para seu país, Cuba, do que para eles mesmos. Estão trabalhando mais pela esperança deste dinheiro ser aplicado em Cuba, para melhoria de toda nação, do que imbuídos pela necessidade de "fazer riqueza" que, aqui, não vão fazer.<b> Devemos ter mais respeito por estes profissionais e não desprezo, não agressividade, como tem sido publicada pelas mídias na recepção deles;</b> e os médicos brasileiros deveriam ter mais educação e consciência de <u><b>que se não acham viável trabalharem pelo que consideram "pouco", não devem impedir milhões de brasileiros de serem assistidos.</b></u> Como profissionais que formaram-se para curar e auxiliar, devem colocar, como no velho juramento do grande Hipócrates,<u><b> o ser humano como prioridade.</b></u> Conscientes que estes brasileiros devem ser assistidos, seja pelo profissional de qual língua for. Devem ser tratados, respeitados, terem, afinal, dignidade de vida humana.<br />
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Que o preciso programa "Mais Médicos" não se restrinja em seu título, <b>tornando-se isso mesmo, apenas mais médicos contratados pelo país,</b> mas seja um projeto visionário que <u><b>contrate bons profissionais para trabalharem num sistema de saúde equipado e preparado para atender e tratar à população</b></u>. É necessário mais médicos, <u><b>m</b><b>as é primordial infraestrutura para esses médicos, estrangeiros ou brasileiros, trabalharem, a fim de que realizem com amplitude suas funções, afinal, o que adianta prescritores, sem as ferramentas para aplicar os tratamentos?</b></u> A mudança deve ser global, aniquilando a falta de assistência do Governo, ampliando e trabalhando para melhor formação dos profissionais de saúde e modificando a tramitação do profissional médico, para ele ser mais nômade, levando seu trabalho e conhecimento para todas as localidades e não só para grandes centros e elite, transformando o programa <u><b>"Mais Médicos"</b></u> no que deve realmente ser: <u><b>"Mais Saúde".</b></u><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Wb9QZTpku2MLmXjOf-vZAH6XW9jHnzuIWTguTvnSoQNo0Y6SFEM0ORTcKASeehCUfhBX9XxqkoGZqj9yxLyoE6W078JZTVFFP_CY8B5BTjpF-hy8fSDKW9BE4aVAhxngHARs2tDP3z8/s1600/falta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Wb9QZTpku2MLmXjOf-vZAH6XW9jHnzuIWTguTvnSoQNo0Y6SFEM0ORTcKASeehCUfhBX9XxqkoGZqj9yxLyoE6W078JZTVFFP_CY8B5BTjpF-hy8fSDKW9BE4aVAhxngHARs2tDP3z8/s400/falta.jpg" width="400" /> </a></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-63477570672558337082013-06-19T16:39:00.001-07:002013-06-19T16:39:22.797-07:00Manifestações Contra a Copa: A Coerência da Reforma Social Mediante Métodos Irascíveis.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMN-ddkV9Ud_kfaCen9hxIiitH-NAT2sV_0In-lJD7TlXbkX_xZjRcXWYbL-Dh0EqQ1It2riWMAflsI0r8ohoMt-Qy99KYCylMhmXbrCiEyACdEOoaljGGcvWSkGHgAiFkjXeSfi8Z4A0/s1600/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMN-ddkV9Ud_kfaCen9hxIiitH-NAT2sV_0In-lJD7TlXbkX_xZjRcXWYbL-Dh0EqQ1It2riWMAflsI0r8ohoMt-Qy99KYCylMhmXbrCiEyACdEOoaljGGcvWSkGHgAiFkjXeSfi8Z4A0/s400/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>" Imagens de manifestantes, por todo país, reivindicando o absurdo dos investimentos revertidos à copa, em detrimento de necessárias melhorias em diversos setores sociais". </b></div>
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O investimento excedente e inapropriado que o Brasil utilizou para a realização da "Copa das Confederações" e posterior "Copa do Mundo" suscitou no povo, em sua maioria, revolta e indignação diante projeto que encaminhou soma considerável do dinheiro público para uma empreitada que não oferece ou condiciona nenhum tipo de melhoria para a saúde, educação, segurança pública e todos os demais setores da sociedade, essenciais para a regulação e mantimento da dignidade de vida humana. O povo, movido por profunda indignação, decidiu usar sua voz, opinião e força para mostrar para a gestão atual que não compactuam com a ideia de transferir nossos impostos, frutos de muito trabalho, para um evento que de nada adiantará para formação de uma sociedade assistida, completa e baseada na justiça social. As constantes manifestações que estão ocorrendo por todos os espaços do Brasil foram fundamentadas na necessidade de apresentar ao governo que há brasileiros conscientes, sóbrios das nossas reais carências. Junto a indignação da realização das copas, outras reivindicações, também, foram incluídas nas manifestações, a fim de solicitar direitos em outras áreas e funções sociais.</div>
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As manifestações, de fato, surgiram com a genuína necessidade de <b>mudança social.</b> Surgiu com a vontade de brasileiros sensatos e racionais desmistificarem essa medíocre ideia de "País do Futebol", como se tal menção fosse enriquecer ou colocar o Brasil em patamar de superioridade ou subtrair as crises sociais que enfrentamos diariamente. Infelizmente, as manifestações, que deveriam ser sumamente baseadas em diálogos, opiniões e ordem, estão se tornando um evento de puro vandalismo, criminalidade e desgastes sociais. <b>Como pedir paz, fazendo guerra? De que maneira o vandalismo, a destruição de imóveis, edificações e locais públicos, contribuirão para mostrar à atual gestão a nossa discordância à corrupção, aos gastos com a copa e a falta de estrutura social para sermos assistidos, auxiliados e respeitados? Não há como.</b> O retrato, na verdade, está demonstrando um povo ainda despreparado para lutar por mudanças sociais, que está tão cansado, que utiliza-se da força física para solicitar uma forma de vida que já não suporta mais não ter: estabilidade. Nesse panorama até a classe alta, principal comparsa na desigualdade e má distribuição de renda, se mostra favorável a mudanças que, por esforço próprio, nunca fizeram. Artistas, aproveitando dos holofotes, postam em seus sites de relacionamento menções sobre a manifestação, como se estivessem contribuindo para reforma social do país, com simples postagens e dizeres. As manifestações, inicialmente politizadas e agregadoras, tornaram-se um circo de hipocrisia e alienação. </div>
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O fato é que o principal motivo que desencadeou as manifestações foi a incoerência de um país de fragilidades sociais, carente em todos os seus setores, e necessitado de investimento e melhorias, receber um evento que causa mais prejuízos do que benefícios. O esporte, obviamente, é importante para o desenvolvimento saudável do indivíduo, mas não posso concordar que exista algum benefício social, político e educacional do esporte na vida da sociedade como um todo. A idolatração em torno do futebol, no Brasil, tornou-se um fator negativo para nossa emancipação enquanto país em desenvolvimento. Que cidadão racional poderá concordar com a renda absurda que é revestida ao futebol e a jogadores, enquanto cientistas, professores e trabalhadores de diversos setores sociais, vivem com renda precária e desprestígio social? Vivem, na verdade, motivados mais pela paixão pela ciência, pelo educar e melhorar do que visando uma estrutura de vida de qualidade material e social. O dinheiro investido para melhorar e equipar estágios, proporcionaram a amarga sensação da construção de escolas, hospitais, centros de estudos... E, ainda, os cidadãos de classe baixa, apesar de terem financiado a inútil construção desta superficialidade moderna, em sua maioria, não poderão sequer custear os ingressos para assistirem os jogos, pois o valor dos ingressos selecionaram a classe média e alta como espectadores. </div>
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Além da incoerência do Brasil receber as copas, as mídias sociais frequentemente explanam uma preocupação leviana e vulgar: como iremos receber os estrangeiros? O Brasil está preparado para recepcionar estrangeiros, sendo este país de índio? Brasileiros de formação alienada, desvalorização social e preocupados não com os malefícios das copas, com tanto dinheiro investido na conquista de um título, mas em não "fazer feio" para estrangeiro. Um jornal de renome nacional, tem como pauta a copa e a qualidade do setor de turismo para recepcionar europeus e afins. A imprensa, que deveria informar criticamente e elucidar a situação como um todo, restringiu seu papel em mostrar as futilidades de uma elite alienada e tola, que insiste em marginalizar e segregar seres humanos. Apesar de tantos transtornos, erros, manifestações, hipocrisias e opiniões insensatas de pessoas que pouco colaboram para o desenvolvimento positivo do país, há um fator extremamente importante e positivo nesses movimentos: <b>o desejo de reforma</b>. Reforma social, política, educacional. Reforma do próprio método do formação individual e coletivo. O caminho, ainda, está "torto", mas não quer dizer que nós, como povo, não estamos nutrindo o principal princípio de <b>reforma social: vontade.</b> E é essa vontade de mudar que proporcionará novos caminhos, definições e conscientização do que seja coerente enquanto indivíduos e coletivos. Que essa vontade inicie um processo de mudança, transformando o país do futebol em um país de igualdade e justiça social. Pois este, sim, é o título que temos que carregar com orgulho e admiração.</div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-36322544010628386602013-03-17T12:48:00.000-07:002013-04-13T18:14:52.194-07:00O Espelho de Alice.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR14jMsJDxboR6xvDUWwUxzd9BBDINxX3AFNU3C3uVeU9_47k29DJ5d414QNw4wabQ1Q1tVhV-DJidFDVU-UBjcKM937SqG2bwlNqJQOi3EskbOrR03qWdUOT_1O_2ogA5VivZXRMr6g/s1600/rockwell_girl_mirror.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR14jMsJDxboR6xvDUWwUxzd9BBDINxX3AFNU3C3uVeU9_47k29DJ5d414QNw4wabQ1Q1tVhV-DJidFDVU-UBjcKM937SqG2bwlNqJQOi3EskbOrR03qWdUOT_1O_2ogA5VivZXRMr6g/s320/rockwell_girl_mirror.jpg" width="261" /> </a></div>
<i> <span style="font-size: large;"> <b><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Garota no Espelho, </span><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">1954</span>, </span></b></span><b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> </span></span></b></i><br />
<i><b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> Norman Rockwell.</span></span></b></i><br />
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Próximo à janela, um espelho de tamanho mediano e caracteres antigos demonstrava a imagem estranhamente nova daquele rosto que o mundo ainda definia como jovem, mas que sua dona o via impregnado de marcas, achados e experiências não vividas na prática, mas sentidas com a intensa paixão dos passionais, dos que temem os passos com medo da desilusão. Tantos dias passados, horas esperando e rostos vistos e prontamente arquivados como dias que já não fazem parte da realidade, tornando-se, em fração de segundos, em imagens para se lembrar e não esperar. Um espelho tão mediano, tão pequeno que mostrava os anos acabados, os impactos deixados e as marcas físicas do corpo da jovem Alice, que, aos poucos, dava adeus à juventude; medrosa de não tê-la vivido, amado e sentido com a plenitude de ser viva, jovem e aberta a cometer muitos erros e poucos e medíocres acertos. Seus olhos já não mais brilhavam e seu corpo se aproximava da velhice. Teve trabalho, tristeza, buscas, alegrias e dilemas sempre a lhe maltratar. Na sua pele de moça, foi reflexiva, medrosa e ansiosa pela espera do novo, diferente, do convidativo e da ideia da realização pós-juventude. A realização de ter visto, vivido e sentido de tudo um pouco, visando fornecer à sua nova jovem velhice a sensação de prazer, a fim de enganar a tristeza de que a vida passa, mas com tanta experiência adquirida, nunca será uma fonte de lamentação (não houve desperdícios).</div>
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De pés descalços, pele levemente enrugada e sonhos ainda a serem realizados, Alice, tão jovem e sentindo-se tão velha, insistia em deixar sua face naquele espelho velho, que não mentia, iludia e não amenizava novas e velhas verdades. Uma jovem tão enigmática e estranha que aos poucos fora conceituada pela sociedade como idiossincrática. A jovem velha observou, com tamanha perplexidade, que todos os sentimentos, sonhos e desejos da sua juventude foram embora, sem precisão, sem justificativa e consideração por ela, como se fossem amigos de longa data que mudaram-se para outro continente, sem ao menos deixar endereço ou qualquer localização. Mas, de todas as formas existentes de sentir, apenas uma ficou a lhe acompanhar: o medo. Medo de ter feito pouco, medo do amanhã, medo da insegurança da vida física e de sentir o amor tão próximo que a decisão de mandá-lo embora parece ser mais segura do que o medo de vê-lo partir todos os seus (ainda) poucos sonhos e ideais. Alice, perto de sua dita velhice, continuava a se olhar no espelho, questionado sua pequena vida, seus feitos e afazeres e se, dentro de tanta mediocridade, chegara perto de realizar algum projeto significativo, abraçou alguém com verdade e se teve a oportunidade de ser melhor, bondosa ou até mesmo esperançosa de dias melhores para si e para o mundo.</div>
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Mas, por mais que continuasse a se olhar e refletir o seu breve e improdutivo passado, nas reminiscências de sua alma, não conseguia visualizar nenhum dado que confirmasse suas indagações sobre seu próprio mundo interior. Seu espelho, tão encantadoramente clássico e antigo, insistia em lhe mostrar o único sentimento que governava sua vida: o medo de ter feito de sua própria vida, um grande boneco de fantoche manipulado pelo mundo, que movia-se quando os outros queriam, sentia quando era necessário e desejava tudo o que já fora planejado; não nascido de sua vontade de ser, ter e viver. Alice, perto de sua velhice, descobrira algo que poucos conseguiam entender antes de transitar por qualquer fase: que não exisitia nada novo, os conhecimentos eram sempre os mesmos, os padrões morais frutos da ignorância dos homens e que seus próprios sonhos eram produtos sociais de um sistema capitalista. Profissão, união, trabalho e todas as atividades exercidas, não passavam de tarefas impensadas, decoradas e formuladas para o funcionamento coletivo do mundo.</div>
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De todas as ilusões, nada era mais cruel e penetrante do que o fato de ser pouco no mundo. Uma protagonista sem ter participado de nenhum ato. Como era revelador aquele espelho, tão objetivo e preciso em suas verdades. Na verdade de mostrar os segredos daquela face da jovem velha Alice. Alice, tão velha sempre fora, nunca aceitara ser jovem, por isso, chegar à sua velhice não era mais novidade, mas apenas uma extensão do próprio ato de ser no mundo (a escolha que fizera desde o momento que entendeu que tinha uma vida e o que deveria fazer com ela). De tanto pensar, mal percebera que o sol já tinha se guardado para a outra parte do globo e que à noite havia chegado. Acendeu à luz, tornou-se a se olhar, questionou o mundo, tudo e cada observar. Nada lhe foi dito; somente marcas novas no rosto, seus olhos sem brilhar e um corpo que revelava que a vida passava aos poucos, mas não deixava de avisar os tempos perdidos, passados e todos os erros de uma história. Já cansada, levantou-se para outras tarefas realizar, arrumou seu espelho na parede, abriu a porta do seu quarto e, ao voltar seu rosto na esperança de alguma resposta, seu espelho refletiu sua imagem mais uma vez, deixando na jovem Alice a grande indagação de sua jovem velhice: <i>"será que vivi tudo e certo?"</i>. Ao fechar a porta, apenas um espelho mediano de caracteres antigos iluminava o quarto.</div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-28069301826445009082012-12-31T17:21:00.000-08:002013-02-24T15:55:36.653-08:00Xingu: Um Brasil Preservado.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6sp25l1J4faxHNa1ErCy14Nac-xbNokvxiqvRVIH7N9waY6Dmoz8R6xprOo5wEpb5v1QPJ7Y_DNJ2MpUrZ85x9Me_oWucYq6xu846RCGf9YFslCZVCJADS47Al33ThpGztkKZH7L2GAg/s1600/foto-irmaos-villas-boas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6sp25l1J4faxHNa1ErCy14Nac-xbNokvxiqvRVIH7N9waY6Dmoz8R6xprOo5wEpb5v1QPJ7Y_DNJ2MpUrZ85x9Me_oWucYq6xu846RCGf9YFslCZVCJADS47Al33ThpGztkKZH7L2GAg/s400/foto-irmaos-villas-boas.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #414042; font-size: 12px; line-height: 22px;"> <span style="font-size: small;">Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas.</span></span></span></b><br />
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<span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22px;">"Andar
por terras que ninguém andou<span style="font-size: large;">, c</span>hegar em lugares em que o branco nunca
che<span style="font-size: large;">g</span>ou<span style="font-size: large;">.</span> <span style="font-size: large;">P</span>orque não há nenhum lugar que o branco não chegue, <span style="font-size: large;">c</span>hegar antes
foi tudo o que pude fazer”</span></span></i></b></span></div>
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<b>Em meio a expectativas, sonhos, ideais, locais longínquos e um imenso espaço geográfico a ser mapeado e desbravado, partiram os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas, na década de 40, para o oeste do Brasil. Estimulados pelo projeto "Marcha para o Oeste", do então presidente Getúlio Vargas, os irmãos enveredaram por uma bela aventura que modificou significativamente suas vidas e valores, tranformando-os em indivíduos que traçaram um novo patamar na história do Brasil e protetores de uma cultura pouco valorizada, buscada e definida com relevância para a história do desenvolvimento do povo brasileiro: a indígena.</b> Movidos pela paixão e desejosos de inovarem suas vidas, histórias e encontrar o novo, os tão jovens rapazes se integraram na expedição de natureza política cujo objetivo era, entre outros, descobrir o oeste brasileiro, dominá-lo, habitá-lo e desenvolver o que poderia ser futuramente uma das regiões prósperas do Brasil, criando novas formas de mercantilismos, mapeando o desconhecido e cientificando ao regime político a dimensão de suas posses, seu patrimônio e qual era a estrutura dessa parte pouco perscrutada e não encontrada nos mapas, livros e na história do país.</div>
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<b>Imbuídos pela sagacidade pelo novo e movidos pelo genuíno desejo jovem de experimentarem a vida e descobrir novos mundos (dentro e fora de si), os irmãos Villas-Bôas partiram por esta extensa faixa de terra brasileira, enfrentando todas as intempéries das matas, colocando-se junto de seus companheiros em posição de perigo, de exaustão e de precariedade para viver o que parecia ser uma opção de vida investigativa e nova, deixando para trás todas as expectativas de uma vida urbana de hábitos, carreira, status e mediocridades diversas, nascidas dentro do que se conceitua riqueza, elegância e necessidade social.</b> <u>Encontraram um novo mundo dentro daquele montante de fauna, flora e terra que acreditava-se ser vazia e, portanto, pronta para ser industrializada e servir o capitalismo, sempre urgente. Encontraram, na verdade, gente, com padrão de vida absolutamente adaptado para aquela vida na floresta (aparentemente impossível aos olhos urbanos), aglomeradas em famílias, com sistema de sobrevivência e manutenção já estabelecidos para vida indígena; encontraram índios, vivendo em aldeias, sobreviventes dos mecanismos variáveis e rígidos das matas, com uma filosofia de vida e padrão cultural rico, admirável e sábio para uma sociedade urbanizada que baseia toda sua cultura no letramento e materialismo.</u></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoamnEWrgZO3MHTAeSGbDN1M2wGvVEY6Y7XvpHezR-t1yxaDnDLhpCHIzOmmW271DGvGBXDHz8rWkXI1NGg5qSqXc0IksjDDO7CH8Vo6Ugk54L9MwnTDqtpMoV-8j327KmVDJeZOfZTmw/s1600/500px-Ift00005vb00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoamnEWrgZO3MHTAeSGbDN1M2wGvVEY6Y7XvpHezR-t1yxaDnDLhpCHIzOmmW271DGvGBXDHz8rWkXI1NGg5qSqXc0IksjDDO7CH8Vo6Ugk54L9MwnTDqtpMoV-8j327KmVDJeZOfZTmw/s400/500px-Ift00005vb00.jpg" width="400" /></a></div>
<b> Xingu</b></div>
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<b>A expedição, formulada por objetivos políticos, propiciou uma espécie de redescobrimento do Brasil, mostrando a toda nação as peculiaridades e variedades existentes neste espaço territorialmente extenso em terra, mas também em cultura, arte e diversidade.</b> Mas mesmo diante aspectos tão ricos e evidentemente solicitantes de preservação, o regime político vigente, não definiu por bem deixar tanta área <u>"inutilizada"</u>, <u>sem "fazer dinheiro", alavancar o comércio, rentabilidade e estabelecer novas fontes de aproveitamento de tanta área virgem, exposta e habitada apenas por ditos primitivos, iletrados, portanto, indignos de decidirem seus destinos e permanecerem em área oficialmente brasileira</u>.<b> Dentro deste contexto, onde a política vigente tinha objetivos contrários aos de preservação do povo indígena, os irmãos Villas-Bôas foram os principais defensores da preservação indígena, unindo os índios de várias etnias e propondo um modelo de preservação que proporcionasse uma área restrita aos índios; a criação de uma espécie de "cidade de índios", onde os mesmos pudessem ser preservados, dar continuidade as suas vidas (sem interferência do homem branco) e viver de acordo com sua cultura, saber e integração com a natureza.</b></div>
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<b>Por tantas lutas, ideias, ideais, buscas e propostas para a manutenção, preservação e respeito a cultura indígena, os irmãos Villas-Bôas foram os principais responsáveis, idealizadores e sonhadores do "Parque Indígena do Xingu" (apesar de tantos outros nomes conhecidos e não conhecidos que estiveram unidos pela causa). </b>Criado em 1961, o "Parque Indígena do Xingu", concretizou a busca dos irmãos em preservar uma cultura despreparada para viver com o homem branco e a luta para não aniquilar a cultura indígena, enraizada e vasta,<u> que não deveria ser dissolvida na comunidade branca só por ser diferente ou considerada imprópria.</u> A voz dos irmãos Villas-Bôas e a importância da mensagem que levaram foram tão relevantes e necessárias que a sociedade brasileira despertou para uma nova consciência, mais humana, ampla e sábia, resultando no surgimento de organismos de preservação indígena, na criação, em 1967, da FUNAI (Fundação Nacional do índio) e na interação do homem branco com o índio,<b> sem que para isso fosse necessário agredir e permear na cultura indígena de forma violenta, subtrair seus saberes e modificar toda a estrutura criada desde tempos imemoráveis. </b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDJg1wGy3c9ZYa1eQJ65KbwEI2snSxNKu8blnhVKIITSW_6jNb6O4sClDNj9lD3oB-goCi2DVPHwV0-zV8_6kqiI7RrzN7gcUFb89597bC5i5xshAU3JFbU3hl1LS5FXuf9yPG8tWlcUk/s1600/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDJg1wGy3c9ZYa1eQJ65KbwEI2snSxNKu8blnhVKIITSW_6jNb6O4sClDNj9lD3oB-goCi2DVPHwV0-zV8_6kqiI7RrzN7gcUFb89597bC5i5xshAU3JFbU3hl1LS5FXuf9yPG8tWlcUk/s400/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" width="400" /></a></div>
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Orlando, Cláudio e Leonardo (este morreu precocemente, tendo abandonado o Xingu antes de seus irmãos), apesar de muito jovens, iniciaram um trabalho humano, rico, generoso e de natureza social-política-cultural que permanecerá por muitos anos, <b>pois a luta ainda é urgente, o descaso com as causas indígenas continua a ser atual e o modelo de preservação elaborado pelos irmãos, apesar de eficiente e eminente, ainda precisa ser efetivado e conservado pelas próximas gerações;</b> tanto que até na dita eminente Constituição da República, que supostamente rege a igualdade e fraternidade ao povo brasileiro, é possível identificar uma permissão restrita aos legisladores definida como coerente, mas absolutamente corruptível ao ser analisada:<br />
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<b><i>"Autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas mineirais" Artigo 49, XVI</i></b><br />
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Na nossa atual realidade ambiental, na qual toda preservação e conservação dos recursos naturais se faz urgente para manutenção e sobrevivência da própria espécie humana e diante a crítica proteção à cultura indígena propiciada pela sociedade, torna-se uma contradição o citado artigo, <b>no qual confere permissividade em demasia no uso dos recursos naturais, nas quais poucas cabeças do Congresso Nacional (que vem cada vez mais enraizando seu descrédito com o povo) tem o poder de decidir ação tão relevante e com efeito devastador ao meio ambiente, ao povo e a toda vida terrestre.</b><br />
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O projeto Xingu, tão perfeitamente criado pelos irmãos Villas-Bôas, ensinou ao Brasil e ao mundo que é possível preservar e auxiliar na manutenção de um modelo de preservação ideal e adequado para as necessidades do mundo. O índio, dito tão primitivo e ingnorante, tem como modelo de vida o <b>exemplo essencial para as tantas outras comunidades do mundo. Ele usa, mas não abusa, mantém sua monocultura por tempo adequado, não agredindo em demasia o solo, não consome <u>(em abundância)</u> os supérfluos criados pela tecnologia, moda e produtos que, apesar de ditos necessários, se não usados, não coloca o homem em situação de risco. O índio respeita a natureza, a louva e é consciente de que existe por ela. É parte dela.</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc4rSrfGy6YUhPfCpOCzXR62zfS__oPig28uTAcGGEwcO-LApym50DCzGmrNbu9rvg98GMMVv-ZgnTrMpyKwE-wZtI-QOfSyS3kSIc7JwUzuHOzedhknopC00v6wDvY0SIfcE9hSvFZ00/s1600/1334853733xingu_post.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc4rSrfGy6YUhPfCpOCzXR62zfS__oPig28uTAcGGEwcO-LApym50DCzGmrNbu9rvg98GMMVv-ZgnTrMpyKwE-wZtI-QOfSyS3kSIc7JwUzuHOzedhknopC00v6wDvY0SIfcE9hSvFZ00/s400/1334853733xingu_post.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>"Xingu", maravilha cinematográfica produzida por este país sem grande prestígio na sétima arte, trouxe aos brasileiros a história, mérito, luta e as conquistas dos irmãos Villas-Bôas que em busca pela "Marcha Para o Oeste" decidiram optar pela luta pela humanismo, vinculando a terra ao homem e criando meios para que a vasta população indígena, com sua rica cultura, fosse preservada e mantida dentro de sua própria fronteira, dentro de um lugar para<u> chamar de seu, pertencente ao povo.</u></b><u> </u>Toda entrega dos irmãos Villas-Bôas, que doaram toda sua força de trabalho, pensamento e vida para o trabalho eminente das questões indígenas deveria ser matéria de escola, introduzida com mais veemência nas páginas dos livros de história e discutida com o heroísmo que o caso pede, <b>pois a disponibilidade dos irmãos em viverem mais de quarenta anos em função da padronização e efetivação do modelo idealizado por eles para preservar o Xingu, manifestou o caráter virtuoso e forte destes homens, trazendo fé aos cidadãos de que é possível uma mudança eficaz e equilibrada para solucionar questões tão conflitantes, pois além da preservação ambiental e indígena, os irmãos Villas-Bôas lutaram, acima de tudo, pelos direitos humanos, concebendo o homem como elemento a ser respeitado por toda humanidade; a ter sua integridade garantida acima de qualquer interesse que não seja a conservação e direito à vida, realizando uma obra ampla e louvável de preservação ambiental, cultural e humana.</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKqja0yVoRoMohbs6dzlp6ICvT6WNVuN_ifcLSPOaicGNDGt0ArUrWyjyG6Ymduoj26Ec2E8cIXcLfq9X4786eKz2uPqTh29aqn1OCJ9O9krGflTEWdIiQOhJhl_l6Jw1e5eJrmSPVNgQ/s1600/Apresenta%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKqja0yVoRoMohbs6dzlp6ICvT6WNVuN_ifcLSPOaicGNDGt0ArUrWyjyG6Ymduoj26Ec2E8cIXcLfq9X4786eKz2uPqTh29aqn1OCJ9O9krGflTEWdIiQOhJhl_l6Jw1e5eJrmSPVNgQ/s400/Apresenta%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-64381514116699719942012-11-10T13:27:00.000-08:002013-02-24T15:35:45.044-08:00Formação Técnica e Formação Humana.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBj9Hy39NUXRWH1qPqgBsIXH0ldbw__jeWjEKoD81z8nV9IKdIWhkoz2FXjMUYOzR89rNWD1WMOBMo6cgPvuMIfhnZtySlzp7Z6p8qsspMRCy9LWNWvXRZDuXYKYg28XUnZnQapLziwXU/s1600/operarios-tarsila-do-amaral.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBj9Hy39NUXRWH1qPqgBsIXH0ldbw__jeWjEKoD81z8nV9IKdIWhkoz2FXjMUYOzR89rNWD1WMOBMo6cgPvuMIfhnZtySlzp7Z6p8qsspMRCy9LWNWvXRZDuXYKYg28XUnZnQapLziwXU/s400/operarios-tarsila-do-amaral.jpg" width="400" /></a></div>
<i><b>Operários, Tarsila do Amaral - 1933</b></i><br />
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<b>A quantidade adquirida de informação técnica e específica para formação de cada profissional, tornou-se a principal e mais pertinentemente característica requisitada para definir um profissional como preparado e extremamente habilidoso para realizar as funções atribuídas ao seu ofício que, no setor público ou privado, prestam serviços para população, <u>confirmando, em absoluto,</u> que a contemporaneidade forma um aglomerado de trabalhadores aptos a decorar, compreender o sistema e mecanicamente repetir as funções que a eles são designadas, <u>mas nem sempre refleti-las e analisá-las para melhores avaliações e construção de novos parâmetros e novas formas e métodos de desenvolvimento profissional.</u></b> A atual estrutura educacional preocupa-se com a formação de dados, que prepara tecnicamente, através de estudos, graduação, pós-graduação, cursinhos e vários cursos de aprimoramento, bons professores, médicos, promotores, advogados, cozinheiros, licenciados, bacharéis, etc., mas não oferece uma formação plenamente humana e racional. <b>Tal fato pode ser absolutamente observado na multiplicação das unidades de cursos preparatórios para concursos e carreiras dispersados pelo país, na qual os estudantes recebem diariamente grande formação intelectual "decorativa", compreendendo como se estrutura a prova, sua forma objetiva, subjetiva, interpretativa, mas não se <u>aprofundam na função social da carreira </u>escolhida, sua ação, efeito e transformação a nível individual, coletivo e até mesmo pessoal.</b></div>
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<b>As dificuldades existentes atualmente para atuação profissional, muitas vezes, se inicia para o profissional nos critérios de avaliação no início de carreira. Quando a sociedade solicita ao profissional respostas feitas e decoradas, a avaliação objetiva e subjetiva torna-se algo simplório para <u>cada mente que fora habilitada para realização do feito, do prático;</u> mas quando é exigido do profissional uma entrevista clara, solicitando a sintetização de informações pessoais, técnicas e humanas, logo ele se perde, acreditando que dominado pela ansiedade, aniquilou a perspectiva de contrato e de oportunidade de carreira, mas, <u>mais que a ansiedade, é falta de conhecimento humano sobre a mente, as pessoas e a sociedade que limitam os indivíduos para atender, entender, somar e transcender os limites estabelecidos por cada área de trabalho</u>.</b><u> Tal observação, pode ser comprovada pela avaliação textual que, quando requisitada, é considerada a parte mais complexa da prova, visto que o texto é criação íntima, nova e totalmente original.</u> <b>Um produto nascido na hora. Um produto novo</b>. <b>Uma avaliação que não pode ser decorada, mas explanada de acordo com o pensar do indivíduo.</b> A formação técnica comumente vem sendo aplicada em todos os setores e funções sociais, em decorrência deste fato, há muitos médicos aptos a realizarem notáveis diagnósticos e prognósticos, que destrincham ao paciente sobre patologias e seus efeitos, mas, entretanto, <b>profissionais totalmente vazios e despreparados para dialogar com o paciente, compreender seus medos, anseios e impossibilitados de fornecerem um tratamento, acima de ser técnico, extremamente humano e eficaz;</b> observamos, também, profissionais do Direito argumentarem sobre justiça sempre baseada em alguma lei, defender a importância das leis, mas, quando não há leis e artigos para se protegerem, as palavras tornam-se sem sentido e a justiça, impregnada em artigos e incisos, torna-se tão técnica que fica retida no livro e não no humano, <b>resultando que muitos cargos públicos sejam administrados por indivíduos formados por cursos, regras e literatura extensiva, mas não humana, reflexiva e convidativa a adaptar novos programas solidários e inteligentes ao coletivo.</b></div>
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<b>Observamos, também, professores limitados aos conceitos de formação intelectual, tendo que lutar contra o tempo, ou melhor, meros quatros bimestres, para lecionarem todas as matérias, narrar todo conteúdo que "vai cair na prova" que, infelizmente, são desprezados pelos próprios educandos quando, ao terminarem a avaliação, liberam o cérebro de retê-la como conhecimento, desgastados pela formação mecanicista e decorativa fornecida pelas instituições educacionais.</b> <u>Seja em qualquer das três grandes áreas de atuação: humanas, extatas e saúde, a educação forma-se continuamente em um emaranhado de informações técnicas, que nos preparam para carreiras que, como todas, são extremamente necessárias e primordiais para manutenção e funcionamento do Estado, mas sem qualquer habilidade superior a conceitos, regras e argumentos.</u> <b>Como resultado, há profissionais medíocres, definidos como excelentes profissionais, orgulhando-se por arquivarem tanto conhecimento; <u>tanto que em paralelo há outros profissionais sentem-se vaidosos e diferenciados, conceituando-se como doutores ou doutoras, como chefes aptos e profissionais valorizados, mas com o padrão humano e social totalmente escasso e medíocre, que os impossibilitam enxergar além dos números, dados e cientificações;</u> os impossibilitam de criar, recriar e gerir o novo, o humanizado e usar sua racionalidade para projetar o que cada área de trabalho pode fornecer a população (muito mais que serviços burocráticos e temas decorados).</b></div>
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<b>Trabalhar para que a formação intelectual seja integralmente humana, não é descaracterizar a técnica, a desprezando em um patamar inferior ou longínquo, mas fazer com que dados técnicos, ao invés de serem sistematizados e decorados, <u>sejam, também, pensados e questionados sobre sua eficácia e igualdade no atendimento ao coletivo.</u></b><u> </u>É trabalhar para que professores sejam pensadores e propagadores do conhecimento e não máquinas de repetição de conceitos, que advogados e promotores sejam analistas da justiça, não a limitando em um artigo, mas sabendo dispersá-la para todo o povo, o atendendo com integridade e em consonância com a igualdade, justiça e fraternidade, e não evidenciando a carreira por uma indumentária, linguajar gramaticalmente formal e definindo títulos como qualidades e confirmação profissional. <b><i>Enquanto não nos transformamos para a real preparação profissional: técnica, humana, reflexiva e solidária, sem vaidades pessoais em seu ofício</i>, </b>ainda continuaremos a ver essa excedente quantidade de profissionais formados, totalmente técnicos e mecanicistas que, durante sua formação intelectual, frequentam cursos, decoram termos, repetem as habilidades necessárias para realização de cada ofício, mas não conseguem penetrar na razão humana, no pensar aguçado e na arte de criar e determinar novas fórmulas, aspectos, programas, ensinos e proporcionar novas fontes de conhecimento para o cidadão e o mundo. Nesse sentido, se faz necessário a criação de um novo entendimento do que seja trabalho e seu real valor na sociedade, formulando um tipo de formação meramente técnica, mas plenamente reflexiva, questionável e investigadora do novo, do produtivo e transfomador,<b> a fim de aniquilar a ideia perniciosa e pobre do que seja ser um profissional, do que seja a razão de cada profissão e, assim, criar o benéfico, atuante, pensador e transformador profissional moderno: que humaniza a educação técnica e sabe que o verdadeiro conhecimento é sempre uma busca e nunca a determinação de ideias decoradas e estagnadas na percepção nula de todas as coisas. </b></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-90680857014420299622012-09-24T17:07:00.004-07:002013-02-18T16:26:19.752-08:00Gabriela, Cravo e Canela: Uma Crônica de Ilhéus.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilCcvso7DiB2gewxRdVb8mw3YOkKy7SGTTf015p_DMOVAzTTj6DGsDqdKRenqCSXJneSK71hXBnX5_Wur6VykdWqHZz174BStZ3_oFTLYPLZb3C2GknNsbN6ya_7LVSihoT_FdrJK8BcY/s1600/4612-livros-gabriela-cravo-canela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilCcvso7DiB2gewxRdVb8mw3YOkKy7SGTTf015p_DMOVAzTTj6DGsDqdKRenqCSXJneSK71hXBnX5_Wur6VykdWqHZz174BStZ3_oFTLYPLZb3C2GknNsbN6ya_7LVSihoT_FdrJK8BcY/s400/4612-livros-gabriela-cravo-canela.jpg" width="276" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9zmAFeZPxodkVIdKnM6YYz0AqnDr9WaXpvxKaMqiL4s7HKvv0kTF9_K8cxMHA9sUdPCCdT5aO-TNzmZBgHhCykMZ1fXe5Pxpxme__enAmnmMouIQdi-jgDhyihL63hEAjBbuMLdlfWMw/s1600/GABRIELA_CRAVO_E_CANELA_1255226993P.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<b>De pés descalços, cansados, corpo castigado e terra a lhe cobrir, caminha Gabriela, ainda sem cheiro de cravo e cor de canela a lhe expor</b>.<b> Retirante, fugida dos sofrimentos da seca e da dor da pobreza, busca sólido fértil para viver, comer e poder conhecer o sossego; <u>o sossego dos que nunca experimentaram privações</u>.</b> Destino: cidade de Ilhéus; terra em ascensão, de economia baseada no cacau, coronéis tiranos e habitado por pessoas características, típicas, marcadas pela realidade local.<b> "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado, esclareceu minhas indagações sobre o porquê da paixão brasileira (e mundial) por este escritor baiano, de letras bonitas e histórias sensacionais</b>. Não há como não gostar do autor. <b>Em Gabriela ele convida o leitor a fazer uma viagem pela Bahia dos anos 20, em que a política era coronelista, os fuxicos uma rotina comum e a hierarquia social uma lei a ser cumprida, sempre mantendo a mulher como matéria a ser usada, de diferentes formas, mas disfarçadas sob personagens caracterizadas como moral e imoral.</b></div>
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<b>Assim nasceu Gabriela, como mesmo define o autor, protagonizando crônicas de histórias da cidade de Ilhéus, desdobrando inúmeros personagens peculiares e singulares que apresentaram aspectos interioranos e a estrutura da sociedade da época.</b> Gabriela, retirante, sertaneja e muito bela, era dona de talentos gastronômicos, executando com propriedade as receitas mais desejadas da picante culinária baiana. <b>Gabriela, sem estudos ou ciências, tinha o único conhecimento que o turco Nacib (comerciante e bom amigo) buscava: uma boa cozinheira.</b> Assim nasce o amor de Nacib e Gabriela, <b>uma mistura de desejo, ânsia, comida e sensualidade que envolve Gabriela e seu Moço Bonito, seu Nacib</b>. Em paralelo a este inusitado relacionamento entre a sertaneja faceira, bonita e desprendida, com um homem não tão rico, mas de sociedade, a vida se movimenta na sociedade de Ilhéus.<b> Coronéis, padres, beatas, mulatas, jagunços, quengas, moças a se prepararem para o matrimônio e regras a serem cumpridas por tudo e todos definem o dia-a-dia da cidade.</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTY05DbVyIvLTD6qiVwMJCxCgcxX9XFttibjeUzdYGTcEPzg0vdNGAfqHLB1ecTXhyZ0PRu6eBkdahuAo2LiPxpXTQo0nNeuD_uyXOLQcDojqvqHe6ck9MlUvdoMtmLzDvWP53cqVycd8/s1600/t11900.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTY05DbVyIvLTD6qiVwMJCxCgcxX9XFttibjeUzdYGTcEPzg0vdNGAfqHLB1ecTXhyZ0PRu6eBkdahuAo2LiPxpXTQo0nNeuD_uyXOLQcDojqvqHe6ck9MlUvdoMtmLzDvWP53cqVycd8/s320/t11900.jpg" width="320" /></a></div>
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<b><i>Ilustração de Gabriela, inserida no cenário de principal atividade econômica da Bahia dos anos 20: a cultura do cacau.</i></b></div>
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<b>Gabriela, com sua sensualidade latejante e determinante de sua personalidade, objeto de desejo sexual de homens da cidade, não fora criada para ater-se em limites, aliás, nem mesmo fora criada, <u>vontade era seu nome; se sente, faz, se quer, realiza, não mensurando se tais atitudes são maléficas a si e ao outro</u>.</b> <u>Gabriela é distante<b> </b>dos padrões morais<b> </b>dos demais personagens, não sendo imoral nem moral, mas amoral, acima de convenções de determinismos sociais.</u> <b>Liberdade é o que deseja e, se sente vontade de namorar com o Moço Bonito, - seja ele quem for - , que mal há? Afinal, gosta tanto</b>. <b>Nacib teme perdê-la, pressente que ela não nascera para ter dono, mesmo tentanto comprá-la perante cartório, padre e a transformando numa dama de sociedade.</b> <u>Como todo bicho selvagem, seus sonhos são distantes dos domesticados e sua toca, torna-se aos poucos, sua verdadeira prisão</u>. Com o desenvolvimento da vida de Gabriela, são narrados os demais personagens criados para à obra. <b>Mundinho Falcão, disfarçando-se pela vestimenta de progresso, modernidade e diretor de uma "Nova Ilhéus", só deseja apossar-se da cidade, não derramando sangue e organizando expedições de guerra e violência, mas armado de uma política filosófica, sedutora, mas que no fim, era determinada meramente por ele. Diferencia-se de Coronel Ramiro pelos seus modos, educação e por fazer da <u>política uma ciência, não uma chacina.</u></b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK004CigyxqIz4AliFpG2qgqTH7MvRHteLp2GD-E-NRE9yUkT5wZwUn5eaouhbB-iY-2xoHG8-Hk_-eBr6AfQV8p_tb76DXA7uW0FjRywAWP-UBvQH1qotiy7kE8zNNEfwHMWFRkP-nXY/s1600/Maur%C3%ADcio+Mello+-+jorge_amado+para+revista+Educar+para+Crescer,+da+Abril.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK004CigyxqIz4AliFpG2qgqTH7MvRHteLp2GD-E-NRE9yUkT5wZwUn5eaouhbB-iY-2xoHG8-Hk_-eBr6AfQV8p_tb76DXA7uW0FjRywAWP-UBvQH1qotiy7kE8zNNEfwHMWFRkP-nXY/s400/Maur%C3%ADcio+Mello+-+jorge_amado+para+revista+Educar+para+Crescer,+da+Abril.jpg" width="400" /></a></div>
<b><i> Ilustração da Cidade de Ilhéus por Maurício Melo.</i></b><br />
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<b>A inserção de Mundinho Falcão na trama encaminha, aos poucos, a uma nova formação social, política e cultural de Ilhéus</b>. <b>Costumes, antes tão defendidos como o assassinato de esposas infiéis, <u>são revistos e definidos como atrocidades e ação criminal, dignos de repreensão e punição legal.</u></b> A mulher, cuja única função era procriar e ser corpo para cópula, seja como fiel e oprimida dona de casa ou como salutar quenga, que poderia dispor-se aos desejos diversos dos coronéis, é diferenciada por um único papel na narrativa, a inteligente e <b>moderna Malvina, filha do coronel Melk, que nutria dentro de si a revolucionária vontade de ser dona de seu próprio destino</b>. Malvina, diferente das santas ou quengas, queria escolher seu marido, poder trabalhar como todos os homens e não no ofício de dispor seu corpo aos desejos alheios, <b>mas desempenhar atividades coerentes à sua preparação intelectual.</b> <b>Uma verdadeira missionária entre mentes que aprisionavam mulheres somente para o lar, ou encurralavam elas para a prostituição, não fornecendo outros meios de subsistência a mulheres pobres e definidas como "perdidas".</b></div>
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<b>"Gabriela, Cravo e Canela" é, além de uma crônica registrada dos personagens da cidade de Ilhéus, uma narrativa gostosa de se ler, com um linguajar que personifica cada habitante, destrinchando a cultura local, seus hábitos, conflitos, sonhos e suas medíocres rotinas, de mexericos, difamações, de excessivo alimentar e fiéis a cristandade - mas não a ponto de afetar os interesses da carne e do bolso.</b> "O Bataclã", principal bordel da cidade, recebe todas as noites os homens da cidade, solteiros, casados, ricos, pobres, de alta ou baixa sociedade, <b>quem podia pagar e comprar pelo lazer definido pelos homens e pelas suas próprias mulheres como necessidade do homem comum</b>. <u>Tal comportamento, exemplifica a mentalidade e moral da mulher da época, que era educada para aceitar, servir e cuidar da família que o homem formava, mas que a ela não pertencia. Era, no seu íntimo, portadora de um pequeno papel que, em troca de proteção, comida e a dita moral resguardada, tornava-se esposa e mãe dos papéis realmente atuantes: os homens.</u><br />
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<b>Jorge Amado, não restringindo sua obra a um simples romance, desejou torná-la um pouco de tudo, como se estivesse a preparar uma boa comida baiana com todos os ingredientes disponíveis para saciar de várias maneiras o apetite de seus leitores.</b> Através de sua Gabriela, um paradoxo de inocência, virtude, que causa tormentos e questionamentos diversos, <b>é narrada as transformações de uma cidade, demonstrando sua fuga do arcaico ao caminho do moderno, através das mudanças ocorridas no setor político, social, cultural e de relacionamentos.</b> Aos poucos, o novo quadro é formado, discutindo a emancipação feminina, a transição <b>da política mandatária para a política de proposta, de diálogo e semelhante com a modernidade das capitais</b>. No entanto, o que mais interessa ao leitor é a vida local, as pessoas, falas, personalidades, a riqueza de detalhes de cada elemento da trama e como ela critica e, ao mesmo tempo, diverte os leitores, <b>encontrando eles não só uma forma de entreterimento, mas um panorama daquela realidade e como toda a estrutura social educava cada perfil social para viver de acordo com sua posição e classe.</b><br />
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<b>Com tantas características e fusão de perfis diversos, a obra poderia sucumbir-se numa leitura acumulativa, onde muitos personagens e histórias fossem excessivos ao leitor, mas, contrariando as expectativas, à obra, muito aberta e "cheia", tornou rico o propósito da trama: narrar toda Ilhéus, exemplificar sua gente e, ainda, compreender a fácil e complexa personalidade Gabriela, mulher cuja noção de felicidade não representava a idéia dos demais, que o amor deveria ser, do seu jeito, um livre sentir.</b> Gabriela diferenciava da moça "pura" de sociedade, da quenga "devassa" que em sofrimento vivia a vida que podia e de todas as morais listadas na obra. <b>Personagem tão singular, teve que carregar seu nome como título da obra, perpassando por ela toda cidade de Ilhéus, sua gente, seus dizeres, amores, desamores, dentro de uma história simples e agradável de uma pacata cidade que nos anos 20 viveu, de fato, muitas transformações sociais, servindo de pretexto para criação desta narrativa alegre e incomum, sob o olhar aguçado, divertido e criativo do grande Jorge Amado.</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-cSJGeFie3SpcgSDArRqWxvF12mPC7SYTBwJkyUIk5U82nFWQiM7SmDSDVRH9VZeP4cW6dshFnxBZYxZfhVSvElfekB8W_SSNc1Zh8ZHcizTMO6g6w3gkJvHgJMd7jffswAqPQ5NfAR0/s1600/t9937.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-cSJGeFie3SpcgSDArRqWxvF12mPC7SYTBwJkyUIk5U82nFWQiM7SmDSDVRH9VZeP4cW6dshFnxBZYxZfhVSvElfekB8W_SSNc1Zh8ZHcizTMO6g6w3gkJvHgJMd7jffswAqPQ5NfAR0/s400/t9937.jpg" width="400" /></a></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-19478767158987958622012-09-10T14:30:00.002-07:002013-02-16T13:06:07.811-08:00O Apanhador no Campo de Centeio.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYLpuWHH__wcdnnE1sMGGeKwYcFIGwOX0CynmnXGT5GjxQxj1qENwVguIbw-mjOuFufDtg0BtHaddBPc5qZT_KJi4l_ID9h1LoPifSKzLQm9CLzh29mNWiqfX_i0AnaFQEQv-pgx0KG8g/s1600/o+apanhador+no+campo+de+centeio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYLpuWHH__wcdnnE1sMGGeKwYcFIGwOX0CynmnXGT5GjxQxj1qENwVguIbw-mjOuFufDtg0BtHaddBPc5qZT_KJi4l_ID9h1LoPifSKzLQm9CLzh29mNWiqfX_i0AnaFQEQv-pgx0KG8g/s320/o+apanhador+no+campo+de+centeio.jpg" width="235" /></a></div>
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<b>O livro "O Apanhador no Campo de Centeio", do escritor americano J. D. Salinger estava inserido na minha extensa lista de livros que desejo ler arduamente. Publicado em 1951, li críticas sagazes sobre a obra, desde as opiniões negativas sobre a linguagem da obra, à influência que ela causou na sociedade, de várias maneiras.</b> <u>Conhecido, também, como o livro preferido dos assassinos de John Lennon e John Kennedy, o livro desperta curiosidade em toda a sua formatação, desde a reação dos leitores à obra ao título da mesma, tão sedutoramente enigmático.</u><b> Iniciada a leitura, ficou absolutamente compreensível entender e definir o poder de ação do livro</b>. A história é do jovem Holden Caulfield, dezessete anos de idade, rico, de conduta rebelde e linguagem esculachada. <b>Holden caracteriza-se por ser um jovem imaturo, sem grandes experiências, mas já extremamente cansado da vida que tinha.</b> Possui uma personalidade semelhante a muitos jovens, principalmente adolescentes. <b>Para ele a vida era uma tremenda de uma hipocrisia</b>. As pessoas, à escola, sua família, sua vida, em tudo podia listar (em excesso) características negativas, definindo tudo e todos por um prisma obscuro, falso e doente. <b>As únicas pessoas do seu mundo de negações que via com certo otimismo era sua irmã caçula, Fhoebe e os irmãos D.B e Allie, este último sempre em remotas e profundas lembranças, já que falecera na infância.</b><br />
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<b>Toda história de Holden é contada a partir de seus pensamentos e ideias sobre um mundo que detestava: sua realidade.</b> Estudante de uma renomada instituição para formar garotos de classe alta, o "Pencey", Holden se prepara para deixar à escola por ter sido reprovado em quatro matérias. Não fora a primeira vez. Já havia sido expulso de outras instituições de ensino, ratificando ser dono de um comportamente inadequado e inadaptado as burocracias e tendências da época. <b>Tudo lhe afligia: a hipocrisia das pessoas, a necessidade do luxo e dinheiro, o isolamento e solidão das instituições de ensino e até mesmo a arte, o cinema e a atuação, que considerava um mundo de ilusões e falsidade. </b>Detestava, sobretudo, a exclusão que ocorria nas instituições que estudava. Toda visão de Holden sobre as coisas, o mundo, é apresentada quando decide deixar à escola e fica vagueando pela cidade de Nova York, em cortiços, com pessoas com todos os tipos de comportamento e vícios, prostitutas, alcoolistas, em que todo seu tempo era empregado para beber, fumar e libertinadamente tentar viver sua sexualidade. Holden não é um santo. Longe disso. É um jovem fora das leis morais e éticas impostas pela sociedade. No duro (linguajar tão apreciado por ele mesmo) era um ser humano cheio de vícios, corrupções e desejos que prejudicavam a ele e aos outros.<b> Era mais próximo de nós do que qualquer personagem irreal e romanesco. </b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeGjX5bwgxj-utgzcLdNixm8aGzbVcYWw6vJb961dBqx3gUr-7glR6yrcAzF9eIXDxB9orPbYYf9aY3-clHYFdp3Izsn5BU57eMA9KR5IqtE4bJgQNBV6Dkbu8HwPvSn3VDFaPHq_Jwaw/s1600/holdencaulfield2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeGjX5bwgxj-utgzcLdNixm8aGzbVcYWw6vJb961dBqx3gUr-7glR6yrcAzF9eIXDxB9orPbYYf9aY3-clHYFdp3Izsn5BU57eMA9KR5IqtE4bJgQNBV6Dkbu8HwPvSn3VDFaPHq_Jwaw/s200/holdencaulfield2.jpg" width="150" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>"O Apanhador no Campo de Centeio" narra a dificuldade de crescer e a negação do personagem a esta nova vida, a adulta.</b> A música ou conto de que gostava "Apanhador no Campo de Centeio" era a única vontade que nutria na vida. <b>Sua ideia de felicidade era ser uma apanhador no campo de centeio e segurar as crianças que pelo campo corriam, a fim de que elas nunca caíssem no abismo (vida adulta)</b>. O próprio Holden, a partir desta parábola, revela seu desejo de não crescer, não adaptar-se ao mundo e não seguir todas as regras. <b>A transição da adolescência para vida adulta representava para ele uma horrível passagem e a vida adulta, uma futilidade e hipócrita forma de viver</b>. Holden, de maneira impressionante, não comportava-se com rebeldia na exteriorização de suas palavras. <b>Sua mente era rebelde, mas nunca conseguia dizer algo terrivelmente febril a alguém. Uma contradição em pessoa.</b></div>
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<b>Usando uma linguagem inovadora e perniciosa à época, apresentando as angústias e vícios de um jovem, o sexo sem compromisso com a opinião pública e as normas, e o mais profundo vazio e desesperança de um adolescente que, apesar de ainda não ter vastas experiências, já encontrava-se sem sonhos e perspectivas,</b> "O Apanhador no Campo de Centeio" tornou-se livro universal pela <b>similaridade com o homem e não com seu tempo. É uma obra atemporal.</b> <b>A adolescência e as crises que nela os jovens enfrentam para fazer o rito para fase adulta e os limites e dificuldades que a mente e a personalidade enfrenta para fazer-se forte e madura, ainda, está presente em todas as gerações.</b> Salinger, com um texto cínico, provocativo, esculachado, absolutamente informal criou uma obra - apesar de uma linguagem aparentemente despretenciosa - complexa e única, em que por mais que o leitor não se identifique e compactue com as atitudes de Holden, não consegue não acompanhar o personagem, desejando a cada capítulo saber qual será o fim da jornada deste jovem tão pernicioso e infeliz, mas cheio de dilemas e buscas, como todo ser humano.</div>
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<b>Em um mundo cada vez mais capitalista e segregário, vazio em suas buscas, que gera neuroses e angústias profundas para o ter e ser, " O Apanhador no Campo de Centeio" sintetizou e sintetiza a sensação de vazio que muitas pessoas ditas modernas abrigam, em que os sonhos, vontades e felicidades não representam a realidade, a existência do indivíduo.</b> Um livro complexo, penetrante, com personagens moralmente pobres, em que a curiosidade sobre o comportamento dos personagens vigora durante a narrativa e o (talvez) repúdio ao mundo estranho, imoral e medíocre de Holden acompanha o leitor pela obra. <b>Um pobre garoto rico perdido em seu próprio mundo de mazelas, nos deixando com a sensação que muitos são os Holdens que ainda vivem na sociedade.</b><br />
<br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFGCKHJXFcK7AgHjyZrqftU4WrfCfJnN-z6l_QDe-ISABtd2_egQxXOqFrxhs4PDfz2gWubyTQHcMsRbpOVbwljMbVy6PdebFf9XJM_XozIK6kA59aK_FPs-pegJo6NEOsm120p4DNJoA/s1600/holden-caulfield.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFGCKHJXFcK7AgHjyZrqftU4WrfCfJnN-z6l_QDe-ISABtd2_egQxXOqFrxhs4PDfz2gWubyTQHcMsRbpOVbwljMbVy6PdebFf9XJM_XozIK6kA59aK_FPs-pegJo6NEOsm120p4DNJoA/s320/holden-caulfield.gif" width="320" /></a></div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-5704883027551223432012-09-06T18:01:00.002-07:002013-06-19T13:59:34.589-07:00Seu Nome Era Comum.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAiM4u3r-II1f5odI6jxXhyphenhyphenIcitvPP8J4FKi_fdADNZ_dNrbTcCPnO7-TQu7nsKTOsRidu_XWgbpxyQUdtpGUr_JakJI34oJhGTmlYIMkvCcl4lU0GfQAp2OzvNEOgZJcHt47nBFZ4OQ/s1600/000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAiM4u3r-II1f5odI6jxXhyphenhyphenIcitvPP8J4FKi_fdADNZ_dNrbTcCPnO7-TQu7nsKTOsRidu_XWgbpxyQUdtpGUr_JakJI34oJhGTmlYIMkvCcl4lU0GfQAp2OzvNEOgZJcHt47nBFZ4OQ/s400/000.jpg" width="378" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i><b> "Os Retirantes", de Cândido Portinari, 1944.</b></i></span></div>
<br />
<br />
<br />
<b>Seu nome era comum, todos sabiam e partilhavam</b><br />
<b>Tinha uma casa pequena onde vivia e pouco descansava</b><br />
<b>De dia saía cedo e à noite para casa voltava</b><br />
<b>Com muito cansaço no corpo e os desgostos que passava</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Nutrindo o orgulho ferido e o medo de "chibatadas".</b><br />
<b>Era uma época estranha, época de escolher candidatos</b><br />
<b>Candidatos para um tal de Legislativo</b><br />
<b>Que organiza todo o Estado.</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>De política nada entendia, mas sabia de sua parcela</b><br />
<b>Pagava imposto mensal para manter sua bagatela</b><br />
<b>Do trabalho, não se ausentava, mesmo não tendo bom ordenado.</b><br />
<b>Ordenado que comprava pouco e lhe dava apenas um punhado</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Médico, dentista e professor, só quando o Estado dava,</b><br />
<b>Pois o punhado que tinha, mal lhe vestia e alimentava.</b><br />
<b>Educação, saúde e cultura, já tinha ouvido falar</b><br />
<b>Nas aulas que assistia na escola, antes de labutar</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Mas não tinha muito estudo, pois de um tudo faltava</b><br />
<b>Por isso mal escrevia, pouco conhecia ou falava </b><br />
<b>Agora tinha que votar, um voto para Prefeito e um para Vereador</b><br />
<b>Novas leis criariam para no município determinar </b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>E para as mãos desses homens seu punhado iria parar.</b><br />
<b>De seu punhado, disseram, que iriam usar:</b><br />
<b>Para fazer hospital e escola para lhe auxiliar</b><br />
<b>Assim não veria mais filhos morrer, não</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Pela falta de médico e remédio que carece toda nação</b><br />
<b>Seu filhos iriam estudar e na escola aprender.</b><br />
<b>Já passara por tantas idades que já sabia votar</b><br />
<b>Votou tantas vezes que desistiu de esperar,</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>O tal do Prefeito que prometia tudo mudar</b><br />
<b>Criando dignidade e trabalho para ofertar.</b><br />
<b>Já lhe disseram tudo, prometendo novo mundo,</b><br />
<b>Habitação, estudo e o surgimento de nova condição.</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Já sonhou ter sossego, sem medo de perder emprego</b><br />
<b>E não ter que pedir esmola ou roubar seu pão.</b><br />
<b>Mas o tal do Prefeito e Vereador que sempre vota</b><br />
<b>Promete vida de glórias, melhoras e evolução </b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Mas quando vira Senhor Prefeito, se tranca na sala</b><br />
<b>Não abraça mais o povo e cumpre nada, não.</b><br />
<b>Então, se faz mais quatro anos.</b><br />
<b>Mais crimes e revoltas e desassossegos</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Escolas sem livros e mais gente pedindo arrego.</b><br />
<b>O tal do Prefeito só fala e o Vereador, trabalha, não.</b>
<b> </b><br />
<b>Só escrevem leis que exigem da população. </b><br />
<b>Do povo que até abraçou para pedir votos</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Visando ser eleito e manter o seu mandato</b><br />
<b>Para tirar do povo subtrair seus espaços.</b><br />
<b>De tanto trabalhar não tinha mais esperanças, não</b><br />
<b>Não acreditava que voto podia mudar uma nação</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Muito menos das melhorias que para ele falavam</b><br />
<b>Garantindo que pelo voto se exercia a liberdade. </b><br />
<b>Seu nome era comum, todos sabiam e partilhavam</b><br />
<b>Chamava-se cidadãos e impostos pagavam</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>A fim de garantir um mínimo que sempre acreditara </b><br />
<b>Daria dignidade de vida àqueles que amava.</b><br />
<b>Já era tempo de voto e não sabia em quem votar, não</b><br />
<b>Sua esperança era apenas de manter seu pão.</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Educação, cultura, saúde, não sabia o que era</b><br />
<b>Mas sabia que esse tal de voto, nunca lhe trouxera.</b><br />
<b>De dia trabalhava, de noite pouco descansava.</b><br />
<b>Para ganhar um punhado que muito não ajudava.</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Lhe disseram que a lei obrigava a votar para ser cidadão</b><br />
<b>Que era precisa votar para consertar a nação.</b><br />
<b>Agora chegava à eleição e dele lembrava</b><br />
<b>Não para melhorar sua labuta ou melhorar sua jornada,</b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Mas para garantir o tal do voto que faria um senhor Prefeito</b><br />
<b>Que mandaria na cidade e determinaria seus direitos.</b><br />
<b>E o manteria no local que a sociedade lhe pusera</b><br />
<b>De pobreza e exclusão, sem privilégios e acessos. </b><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Que vida sofrida, cumprida e danada!</b><br />
<b>Sem fins nem meios de decidir sua jornada</b><br />
<b>E bem que ouvia falar numa tal de democracia,</b><br />
<b>Que dizia que era o povo que tudo decidia.</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<br />
<br />
<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-90960958870447343012012-08-05T12:37:00.000-07:002013-02-12T10:40:04.094-08:00Bandido Pobre. Bandido Rico.<div style="text-align: justify;">
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_dnPRPhZ1sg4yz_PQMZpAMNRmvDt2f0MJ5uXtqkREMoTlYUHfiWmcBu9g_f85pJARybDq3_9NB_fd2TFkyoxwcHIIFdVyqqBYsn4BxF8n5I88tF6ytNl_m4DAb_dpzHGVPBEhupuSrNs/s1600/balanca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_dnPRPhZ1sg4yz_PQMZpAMNRmvDt2f0MJ5uXtqkREMoTlYUHfiWmcBu9g_f85pJARybDq3_9NB_fd2TFkyoxwcHIIFdVyqqBYsn4BxF8n5I88tF6ytNl_m4DAb_dpzHGVPBEhupuSrNs/s400/balanca.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>Indiscutivelmente tanto os acontecimentos antigos quantos os mais recentes de natureza ilegal e criminal que ocorreram no Brasil tiveram rumos diferentes, nos quais a condição socioeconômica dos envolvidos foram determinantes para a possível solução proposta para cada situação desequilibrada e imoral que afetou de forma particular e coletiva à sociedade. </b>As leis são formuladas para tudo e todos e discursa constantemente o propósito de sua efetividade e ação perante à inconstitucionalidade. <u>De texto complexo e erudição incomum, não permite, muitas vezes, que o homem de poucas letras a interprete de maneira lógica e clara, criando um distanciamento burro entre os homens e seus direitos e deveres. <b>Define, de forma clara, que de todo crime deve surgir uma pena, que o crime, como belamente romanceou Dostoiévisk, deve ter um castigo</b>.</u> Castigo para quem e o que? <b>Teoricamente, dentro de premissas lógicas, para tudo e todos que estiverem à margem do que prescreve a ética legal</b>. Mas, infelizmente, na sociedade brasileira tal interpretação é "retrabalhada" de acordo com o reú representado.<br />
<br />
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<b>O bandido é de única ação</b>. <b>Negro, branco, amarelo, alto, baixo... se comete um crime, logo é criminoso e como dono de comportamento prejudicial e hediondo, que manifesta-se no coletivo como errôneo e maléfico, deve ser penalmente repreendido proporcionalmente à sua conduta.</b> <u>Se ilegalidades são crimes, quem comete ilegalidades é criminoso, logo, o crime provém de um criminoso seja ele/ela quem for.</u> Dentro de um raciocínio psicológico e jurídico tão claro e logicamente inteligente, torna-se ofensivo a forma como a "Lei" vem "cuidando" dos constantes casos de ilegalidades em terra brasileira, criando uma barreira gigante ao penalizar <b>o bandido pobre e o bandido rico</b>. A lei executada, não escrita, mas realizada aos olhos do grande povo brasileiro é estritamente esta: <b>a lei do pobre e a lei do rico</b>. <u><b>O homem/mulher, quando pobre, logo é criminoso punido, vulgar e desmerecido, tratado como escória e, para muitos, ainda se fala na imposição de cortes brutais, como desejam alguns, no absurdo de não serem mais alimentados na unidade prisional.</b> <b>Já o bandido rico é comumente retirado de cena, apartado por ter estudo e defendido por mentes estudadas e preparadas para usar a lei em favor de interesses particulares, mas não éticos e coerentes.</b></u></div>
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<b>São inúmeros (e atuais) casos de políticos envolvidos com crimes, mas com regras específicas para serem julgados por serem do Legislativo; autoridades que subtraem o máximo possível do povo e, como "pena", somente são remanejados para outros cargos, mantendo altos salários retirados do imposto pago do trabalho árduo do povo</b>. Muitos, reclamam de ter que alimentar o bandido pobre, encarcerado e faminto, propagando a ideia de que <b>direitos humanos, somente para humanos direitos</b>, mas não pensam que estão pagando constantemente não só a alimentação do bandido rico, mas todo seu padrão social de vida de futilidades e elegâncias criadas. O bandido pobre, quase sempre criado próximo a criminalidade, sem estrutura familiar e moral, desde cedo é educado para o crime, para o furtar e deteriorar a vida do outro. O bandido rico, versado em inteligência técnica e informativa, manipula o povo, cria meios de corrupção e mantém sua jornada, sem culpa, sem pena e incansavelmente repetindo seus erros, com a nossa permissão enquanto cidadão e enquanto povo.<br />
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Se não houvesse diferença entre o bandido pobre e o bandido rico, <b>teríamos terra com leis e não essa terra de lei de mentira, de manipulação e inverdades.</b> <u>Infrator é infrator e lei é para tudo e todos, simploriamente assim</u>. <b>Enquanto o bandito rico se fingir de herói e continuar a prender só bandido pobre, teremos essa lei parcial, prejudicial e injusta, que separa os homens e criam regras de julgamentos diferenciados, em prol de uns e deterioração de outros</b>. <b>Se a lei fosse imparcial, não veríamos o bandido rico sair de seu alto posto e ser reintegrado em posto de autoridade similar, retornando para órgãos de fiscalização e execução legal e continuando a não realizar um trabalho para desenvolvimento do povo; para o engrandecer social de sua nação.</b> <u>Se imparcial fosse, teríamos criminosos respondendo por seus atos; cumprindo pena proporcional a cada ação ilegal e não mais o mito formado da existência apenas do bandido pobre e o bandido rico vivendo na imensa "Terra do Nunca".</u> <b>Bandido rico este, que rouba o povo, é sustentado por ele e ofensivamente ainda diz ser representante dos direitos do homem, mas aniquila estes mesmos direitos diariamente, sendo sustentado pela grande massa pagadora de impostos e afirmando que age na forma da lei.</b> Leis essa de muitas classes e pouca ética, claramente separadas para bandidos ricos e bandidos pobres e cada vez mais distantes da jurisdição dita correta e da humanização buscada para a justiça plena e o equilíbrio social, <b>criando dois sistemas de execução penal, uma para o pobre e outro para o rico, tornando imparcial e injusta a legislação que, mais do que qualquer código social, deveria igualitar e não apartar os homens, deveria utilizar a ética, análise e decisão em favor de todos e não trabalhar na segregação e sofrimento da sociedade.</b><br />
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-44390587556172942252012-07-01T13:11:00.002-07:002013-02-12T10:19:01.041-08:00Histórias Cruzadamente Reais.<div style="text-align: justify;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmAZTTP-Iw0JzE7s1ThDM4bsP-uilg25NaT-q8YjkMUdTUWbjXPAA9x_Soki67SJs75WtvWpyXWLdfkpd8Mv3Zilp88k7Y_HQMNsq7abUmMRwGQYrpI8gn4ex4iQQTVUvHGujI_JNxsY0/s1600/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmAZTTP-Iw0JzE7s1ThDM4bsP-uilg25NaT-q8YjkMUdTUWbjXPAA9x_Soki67SJs75WtvWpyXWLdfkpd8Mv3Zilp88k7Y_HQMNsq7abUmMRwGQYrpI8gn4ex4iQQTVUvHGujI_JNxsY0/s400/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>O papel e a função da empregada doméstica, recluso e oculto em casas de famílias, está sendo discutido e apresentado de forma real e diferenciada no filme "Histórias Cruzadas", evidenciando as fragilidades, dificuldades e injustiças que ocorrem no trabalho doméstico, a responsabilidade de manter e administrar casas de famílias, enquanto os membros destas, em sua maioria, constroem uma vida estável e sem a necessidade <u>de aplicarem sua força de trabalho em ofício fisicamente dispendioso e remuneração incompatível com a possibilidade de progresso material</u>.</b> <u>Apesar do principal ponto de debate do filme ser o sistema de segregação racial e o desrespeito aos negros, não há como negar que os empregados domésticos, independente da raça, sofreram e sofrem desigualdades e inferiorização em seu ofício. O filme narra o depreciativo sistema de exclusão racial, mas por abranger um tema tão rico e amplo, tornou-se um material oportuno sobre as condições do trabalho doméstico e a realidade dos empregados deste ramo.</u> O filme explana a vida de mulheres que dedicam-se a árdua e ingrata tarefa de serem - como se conceitua atualmente - secretárias do lar, realizando limpezas, preparando alimentos e cumprindo todas as funções para o "funcionamento físico" de uma casa. <b>Retratando uma época mais rígida e segregária do que esta dita "moderna", o filme destrincha os maltratos, a subjugação e a inferioridade que as profissionais domésticas eram (e são) submetidas ao realizarem a nobre tarefa de cuidar, basicamente, da "sujeira dos outros".</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Os países ocidentais criticam e depreciam alguns países orientais que se estruturam por sistemas de castas, onde determinantemente a casta inferior deve ser a responsável por cuidar e excercer todas as atividades degradantes, incultas e flagelantes, mas, no entanto, a maioria dos cidadãos ocidentais tratam seus empregados domésticos com desrespeito<u> e os condenam a injusta classificação de inferioridade.</u></b> <u>Na prática, infelizmente, o que presenciamos é uma sistema de casta estruturado, no qual esses profissionais não tem respeito e nem valor social e profissional. </u><b>Preconceitos, falta de oportunidades e vítimas de um ciclo repetitivo, em que o acesso ao crescimento material e educacional é constantemente negado, passam a ser a realidade desses profissionais que, em grande maioria, por terem nascido à margem da pobreza e não terem tido possibilidade de uma formação intelectual, tornaram-se mãos-de-obra barata para o Estado, oferecendo seus trabalhos praticamente por toda uma vida, sem terem crescimento funcional e monetário.</b></div>
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<br /></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O filme, além de apresentar a inferiorização que as empregadas domésticas sofriam (e sofrem), aborda questões relevantes como o preconceito racial, a diferença de classes, as diferenças sociais e humanas que essas mulheres foram submetidas por serem negras, domésticas e a cultura da década de 60.</b> <u>O fato é que não é a função que é incongruente e baixa, mas sim a<b> forma como é tratada </b>e a falta de um plano de carreira que possibilite a essas profissionais <b>(que permitem que outras mulheres e homens possam se afastarem de sua unidade familiar)</b> terem acesso à educação, cultura, saúde e progresso na vida social e financeira.</u> <b>A formulação dos direitos trabalhistas propiciou o surgimento de uma realidade mais justa, estabelecendo o salário mínimo, a necessidade do descanso remunerado e de regularmentar a quantidade que um trabalhador deve e pode oferecer seus serviços, sem prejuízo de sua salubridade, mas isto é apenas o início de uma significativa mudança no âmbito do direito do trabalho que indubitavelmente deve continuar a ser modificado.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtCtQfX03hnSJ96K7IXBUiG_bXrB3xRNYnANjpsLvMeWUaGeuzRMxUSeIXxCL7mcuXINO94LVfGUNJcnPTXyomoByxwOKEuntohGJACmuXFtxqfNJhClDnrpiAba6-IysArkDuZX-G6CQ/s1600/mulher.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtCtQfX03hnSJ96K7IXBUiG_bXrB3xRNYnANjpsLvMeWUaGeuzRMxUSeIXxCL7mcuXINO94LVfGUNJcnPTXyomoByxwOKEuntohGJACmuXFtxqfNJhClDnrpiAba6-IysArkDuZX-G6CQ/s400/mulher.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
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<b>Que possa, a despeito de direitos trabalhistas, surgir a consciência do respeito a <i>dignidade de vida humana</i>, <u>despertando às pessoas para a conscientização de que, só podem se ausentarem de suas casas, para trabalharem, multiplicarem seu dinheiro, estudarem para alcançar oportunidades e melhoria, pois há a existência dessas personagens, as empregadas domésticas</u>, que cumprem atividades que outros profissionais consideram degradantes, sujas e pequenas, limpam as sujeiras de seus patrões e tem como retorno, um pobre e medíocre salário no fim de mês, desconsideração social, segregação jurídica, a constante inferiorização por serem pobres; sendo consideradas muitas vezes aptas a cozinhar para o empregador, mas não de sentarem-se à mesa para compartilharem a refeição que elas mesmas prepararam</b>. <u>Uma função relevante, que participa diariamente da vida de milhões de cidadãos, mas não é vista e tratada como profissão, como atividade importante que permite que milhares de pessoas possam construir uma vida mais estável profissionalmente.</u> <b>Uma atividade secular que não teve desenvolvimento social e legislativo, ficando estagnada e definida como função degradante e própria para pessoas de pouca escolaridade, mas que, mesmo permeada de dificuldades, fazem mulheres fortes, valentes e segregadas, não terem vergonha de saírem diariamente de suas casas, deixarem seus filhos em prol de muito pouco para sua subsistência, enfrentarem humilhações e precariedades, mas firmes e precisas no propósito de manterem suas famílias e conquistarem dignidade de vida, mesmo sendo, ainda, uma dignidade precária e injusta.</b></div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-83766973749347596342012-06-23T18:15:00.001-07:002013-02-10T14:46:48.240-08:00Comunicação: Deformando Opiniões.<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL60sY7Bk3kjClgun7xnaOlIxOqoh_s8afcRdBTK5HftkUNI-6vB5tSeNQn77sSagosfFTCxg1gPF3ZrUwqUcd0Dk8OrNMVJi3RqU-301xhfVrZ_FliNER09MTXSQGN3FNnMz2efwpJsg/s1600/jornalismo+%281%29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL60sY7Bk3kjClgun7xnaOlIxOqoh_s8afcRdBTK5HftkUNI-6vB5tSeNQn77sSagosfFTCxg1gPF3ZrUwqUcd0Dk8OrNMVJi3RqU-301xhfVrZ_FliNER09MTXSQGN3FNnMz2efwpJsg/s320/jornalismo+%281%29.jpg" width="320" /></a></div>
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<b>Seria incerto dizer que o Jornalismo está se deteriorando e sendo constantemente direcionado para a formação de uma mídia superficial e idolatradora de notícias pouco produtivas, pois a ideia de um produto barato surge quando paralelamente pode-se conhecer o que seja qualidade, de forma que o jornalismo deveria, em determinado momento, ter alcançado a excelência para ser, hoje, definido como precário e desarticulado</b>.<u> Logo, um produto ruim é considerado como tal porque temos a ideia do excelente, do perfeito.</u> O surgimento de bons jornalistas ocorre constantemente, mas a excelência do Jornalismo e seus operários tem sido um quadro raro no mercado, <b>de forma que será possível dizer que o Jornalismo está defasado, quando ele nunca foi realmente excelente?</b> <u>A degradação só é possível em um produto inteiro, bom, que, com o tempo, foi sucumbindo as pressões externas e aniquilado e deteriorado por diversas causas.</u> <b>Nesse sentido, a comunicação nunca foi produto inteiro, inteligente, maduro e pertinente, de forma que <u>ela não está ruim, está, na verdade, há tempos, sem evolução e credibilidade</u></b>. A linha de comunicação contemporânea e a forma como ela se desenvolve afirma, em cada notícia, programa e escrita, que ela é realizada sem questionamentos, reflexões, criatividade e preocupada em alimentar cultura, intelectualidade e formar mentes aptas a opinar e agir de acordo com a congruência, criticidade e reflexão.<br />
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A comunicação levanta diariamente a bandeira de sua importância, definindo-se como <b>"formadora de opiniões"</b>. <b>Se a grande massa de comunicadores tem sido os responsáveis pela formação social e intelectual do povo brasileiro, está claramente explicado o porquê de tanta mediocridade, irreflexão e falta de posicionamento para compreender a vida e a sociedade como tarefa coletiva, de/para todos.</b> <u>Proprietária de um poder global, os meios de comunicação perpetuam novas regras, endeusam pessoas, criam novas forma de consumo e fazem todas as mentes e opiniões seguirem os termos aplicados, sem nenhum tipo de indagação.</u> O belo só pode ser de uma forma, o elegante de outra, a felicidade é viver como determinada pessoa... e todos buscam copiar as novas fórmulas, <b>receosos de não se realizarem com as prescrições desse mundo externo</b>. <b>Os textos, gradativamente esdrúxulos, atacam de forma veemente as pessoas, as notícias de celebridades criam mitos de consumo, a crítica, tão bem formulada por Voltarie, José de Alencar e um número significativo de pensadores modernos, hoje, na pequena visão das pessoas, deve ser ofensiva, agressiva e briguenta; não se fazem críticas como antigamente, com argumentação, propriedade, inteligência e objetivos, visualizando o erro e propondo solucioná-lo.</b> <u>Hojé a crítica é fofoca, é ofensa física e emocional que não constrói argumentos e pensamento, só raiva e impulsividade.</u></div>
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<b>Dentre as imprecisões e improdutividades, a exposição é a chefe</b>.<b> Não há pudor em mostrar as fragilidades das pessoas, as colocando em posição de vitrine.</b> <u>Quantos jornais, de tv e impressos, não ostentam imagens desnecessárias que só informam tolices e não se preocupam em educar à sociedade.</u> <b>A crise da dependência química e do alcoolismo são pertinentemente abordados de forma superficial e desumana, em que um dependente,<u> portanto, doente</u>, é mostrado na tv sem nenhum pudor.</b> Pessoas sendo expostas alcoolizadas, "artistas" compactuando-se com a comercialização de sua vida íntima a fim de lançar novas forma de consumo e padrão de vida, programas sem propósito, entreterimento que fere e empobrece a formação crítica, <b>já escassa de recursos realmente cultos e estimulantes</b>. <b>A comunicação, de fato, vem desservindo à população, criando um monopólio de ideias e ideais, fazendo grandes redes televisivas serem as propagadoras de informações e determinadoras do dia-a-dia do brasileiro.</b></div>
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<b>Incentivador da formação de opinião para propósitos essencialmente capitalistas e gerando novos consumidores alucinados pela busca da satisfação, o jornalismo atual deforma a mentalidade do homem, criando informações improdutivas, pobres, que não forma corretamente e desarticula o saber, lançando às mentes para o raciocínio deformado do ser, do ter e do saber.</b> <u>Jornalismo e Jornalistas que não permitem que o indivíduo forme sua opinião, já fornecendo o seu pensar, noticiando de forma cínica, ao seu entender, aniquilando a possibilidade do indivíduo assimilar as informações <b>e gerar a sua opinião, segundo seus valores, pois a notícia vem manipulada de acordo com a (pequena) visão do seu propagador.</b></u> Um emaranhado de apóstolos do saber que invertem sua missão e empobrecem e danificam os meios de comunicação, o jornalismo, e oferecem ao espectador, cansado do seu dia e do seu pensar, informações instantâneas e prontas para manter a mente do homem na sua ignorância e o seu eterno aceitar.</div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-15718460435396098172012-06-13T15:53:00.000-07:002013-02-06T14:37:06.539-08:00O Povo Brasileiro.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ3W-ijH8btsjAp42pMfzhS0nR1ubyIfioIMpmrlrvmrNRNJuIvA5v_w0MGX1Laoosqaow4aK4wltVm5sMX3f2gPpbr_3Z9aX2OtaFyqB986DOhc2ZmvAe2w9XuhVjSvqyygLiVgiwKrU/s1600/1385318_4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ3W-ijH8btsjAp42pMfzhS0nR1ubyIfioIMpmrlrvmrNRNJuIvA5v_w0MGX1Laoosqaow4aK4wltVm5sMX3f2gPpbr_3Z9aX2OtaFyqB986DOhc2ZmvAe2w9XuhVjSvqyygLiVgiwKrU/s320/1385318_4.jpg" width="222" /></a></div>
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<b>O eminente escritor Darcy Ribeiro foi sociólogo, pensador, implantador da instituição "Universidade de Brasília" e, para nosso orgulho, brasileiro, politizado, intelectual, crítico e atuante nas principais questões de conflitos sociais que afetam o povo, o país. É autor de livros conceituados e pertinentes para formação intelectual de estudantes e cidadãos que objetivam ampliar sua visão política e social sobre à sociedade. </b><u>Dono de uma visão inteligente e aguçada, consegue transferir para seus escritos suas idéias avançadas e críticas formuladas sobre o sistema social.</u> <b>O livro "O Povo Brasileiro", de sua autoria, foi tão ousado e corajoso que a princípio poderia ser considerado um livro altamente pernicioso para o determinante <u>domínio da cultura de classes</u>, em que uma minoria é absolutamente favorecida em detrimento de milhares de miseráveis</b>. De natureza crítica e sagaz, o livro sintetiza, na magnífica visão sociológica de Darcy, <b>à formação do povo brasileiro a partir de sua formação histórica, política e cultural. Permeado por inúmeras considerações sobre a criação de uma sociedade classista e racista, narra a subjugação do índio, que foi interpretado como ser imoral, do negro, que foi tratado como máquina de serviço e do branco, identificado como ser religiosamente, politicamente e culturalmente avançado para meio tão "pervertido e ignorante".</b></div>
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<b>O desejo ou busca genuína de pesquisar e escrever palavras que reunissem várias considerações sobre as desigualdades e diversidades do Brasil, surgiu em 1964, quando ao retornar do exílio - por questões políticas - observou a necessidade de buscar respostas exatas sobre o porquê do Brasil ainda não ter dado "certo". </b>Elaborado o questionamento, esforçou-se por entregar-se a metodologia de estudo, <b>a fim de obter resultados significativos e respostas proporcionais ao tamanho desta pesquisa (absolutamente complexa, de fato)</b>. Decorrido muitos anos, pois nosso pensador não era imediatista e leviano em suas argumentações, nasceu "<b>O Povo Brasileiro", que caracteriza a rica cultura brasileira, transplantada da lusitana e diferenciada pela integração da cultura pastoril, através do índio, africanizada, através do negro, mas, ao mesmo tempo, <u>desindianizada e desafricanizada, formando uma nova unidade cultural. </u>Unidade esta baseada nos valores desses dois povos (índios e negros), dominados e direcionados pelos colonizadores.</b> <u>O caboclo, sertanejo, criolo, gaucho e caipira (as grandes camadas de interação do Brasil) foram formados pela condensação social desses povos, sendo que cada vasta região foi alterada em seu perfil cultural e social pela determinação econômica, ecológica, pela imigração de povos europeus e pelas condições do próprio local.</u></div>
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<b>"O Povo Brasileiro", tão simples e atraente em seu título, guarda complexidades sociológicas em seu escrito, sendo um pouco de história, um tanto de sociologia e uma grande crítica social, apresentando uma teoria explicativa sobre as deficiências do país ocasionadas pelo processo de formação do povo, <u>a fim de explanar as nuances e as desigualdades surgidas a partir dos princípios de formação do Brasil.</u></b> Um país rico em recursos naturais, de arbóreas de cor brasa, portanto, definidas como Brasil, que aniquilou duas culturas sofisticadas e preparadas para viver no meio ambiente mais do que qualquer nobre europeu: <b>os índios e os negros</b>. <b>Um país segregário, <u>idolatrador da cultura externa desde o início da sua formação civil</u>, que marginalizou e marginaliza o pobre, sendo este o <u>grande colaborador da economia brasileira</u>, mas uma nação rica em cultura e criativo no seu existir. Um povo de raça, parido de uma forma bruta de dominação, mas que conseguiu cumprir seu feito: fazer-se um povo, dentro de seu território e construir-se como gente, de forma peculiar. Gente índia, branca e negra que aglomerando-se nos espaços, aculturando seus saberes e fundindo-se culturalmente seus códigos de moral, originaram o vasto, rico, bonito e diverso território brasileiro; o povo brasileiro. </b><br />
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-44136981151266143952012-05-20T11:20:00.000-07:002013-02-05T11:55:18.514-08:00Nossos Heróis.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim0PVHFcOS2DbsFGrf6ZFpmuSzArziFQB7qwmrPGJHEOoi4hZKm9wXd3dZca8LjEmvKFbXaeUoS-KXFFdZX37nD1S667C6ry7C7TdEV5IuF318ohi5EdSYaOTEEn7Q6BLZnCQUJh05pGo/s1600/desenho-pai-e-filho-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim0PVHFcOS2DbsFGrf6ZFpmuSzArziFQB7qwmrPGJHEOoi4hZKm9wXd3dZca8LjEmvKFbXaeUoS-KXFFdZX37nD1S667C6ry7C7TdEV5IuF318ohi5EdSYaOTEEn7Q6BLZnCQUJh05pGo/s400/desenho-pai-e-filho-3.jpg" width="268" /></a></div>
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<b>Nossos heróis nascem conosco quando chegamos ao mundo. Esperamos deles tudo; tudo e mais um pouco. Por eles somos alimentados, cuidados e amados pelo mais profundo amor.</b> <b>Na medida em que crescemos e desenvolvemos nossa percepção e intelectualidade, logo conseguimos identificá-los, os chamando pelo nome de <u>pai e mãe</u></b>. <b>Pai e mãe, duas unidades de laço forte e eterno que educam seus filhos e não deixam de ser pai e mãe, mesmo quando este pai e esta mãe não estão mais unidos por um relacionamento conjugal. </b><u>Há lares em que o pai é a única figura educadora, em muitos outros a mãe é a única figura educadora presente, e em tantos outros há o pai e a mãe e, mesmo com a presença física, de ambos, os filhos percebem que toda educação moral provém mais de um do que do outro.</u> <b>Na nossa estrutura societária é comum ver a mãe como responsável determinante na educação moral de um filho e, muitas vezes, arcam com todas as responsabilidades, inclusive a financeira.</b> Nossos heróis crescem conosco, nos preenchendo de amor, educação e tudo mais que podem oferecer. O que não nos oferecem, tanto em matéria, quanto em afetividade, <b>só não proporcionam porque ainda não tem nem para eles, pois poderiam (e querem) dar o mundo para seus filhos.</b></div>
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<b>Na visão de um filho(a), um pai e uma mãe devem ter moral perfeita e corresponder a todas as expectativas deles, que são comumente formadas pela cobrança que a sociedade lhes imputam.</b> <u>Tudo deve ser perfeito, principalmente para que os outros vejam e não critiquem o que possa ser definido como incomum</u>. As expectativas e as cobranças<b> </b>(que são grandes demais) são feitas durante toda vida, quando os filhos querem toda matéria possível e todo carinho que acham que obrigatoriamente devem ter. <b>Cada pai e mãe amam seus filhos como podem, uns já absolutamente capacitados a oferecer afetividade, outros preocupando-se com seus filhos para que eles sejam alimentados, tenham educação de qualidade e saúde permanente</b>. <b>E não seria isso uma prova de preocupação e amor?</b> Os filhos imbuídos de muito amor, ainda, cobram mais. <b>Se tem amor e falta-lhe matéria, acham que não estão sendo amados, se há muita matéria e pouca manifestação de afetividade, não percebem a seu redor qualquer prova de amor. <u>Nossos heróis nos educam para sempre sermos felizes e desejam que nenhum tipo de sofrimento se aproxime dos seus filhos.</u></b></div>
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<b>Nossos heróis tem a única obrigação (na nossa visão) de serem perfeitos e, como filhos, fazemos essa cobrança pelo decorrer da vida.</b> <b>Quando há falhas, quando o erro surge e o comportamento por eles realizados não se enquadram com nosso sonho infantil, surge a crítica, o rancor e o desamor por àqueles que, <u>como nós, são seres humanos, aprendendo a viver e a crescer, com pecados, qualidades e falhas</u>.</b> <b>Queremos, no mais profundo egoísmo, que nossos heróis permaneçam naquele pedestal criado pela nossa mente desde quando nascemos e <u>nunca, nunca saíam de lá</u>, </b>como a mais bela estátua criada pelo artista que a cria para ser imutável e eterna. <u><b>Não aprendemos que nossos heróis são carne e espírito, que erram, acertam e vivem pelo mesmo propósito que nós: evoluir.</b> <b>Não aprendemos que Deus não criou nossos heróis para nossa incansável felicidade e realização de qualquer desejo, mas sim para evoluir e crescer como, vejam bem, nós mesmos.</b></u></div>
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<b>Enfrentamos com o mais profundo rancor e aversão os atos considerados errôneos cometido pelos nossos pais, nos esquecendo que nossos pais, heróis e educadores são simples seres humanos e, serem nossos pais, não os tranformam em deuses perfeitos e intocáveis. </b><u>Precisamos, na verdade, compreender que um pai e uma mãe, antes de cumprir esse papel, são filhos, cidadãos, seres aprendentes e humanos.</u><b> Precisamos dar espaço para nossos pais serem pais e seres humanos</b>,<b> assim como os pais devem compreender que seus filhos não nasceram perfeitos e para somente proporcionar felicidade, mas são seres humanos que vão desejar e realizar feitos que não correspondem ao que um pai e um mãe desejam</b>. <u><b>O amor, o amor profundo e verdadeiro, somente surge quando podemos reconhecer nosso ente querido e nossos amigos, como seres humanos, compreender suas falhas e entender que cada um possui suas mazelas e estão na jornada da evolução e, mesmo assim, amá-los, honrando-os, os perdoando para sermos também perdoados e oferecer espaço para nossos heróis serem não só nossos pais, mas sobretudo seres humanos.</b></u></div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-89987326392795020112012-05-11T14:02:00.002-07:002013-02-05T09:03:41.599-08:00Mulher: A Mãe da Humanidade.<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicHjVWLR5ovoWSOowlvN8E9wyq9Snf7Wf2LzQMiXPZapnXlMXoTJ7i_JwdFPtY4QftZ34QTyecfoOf_aaOnEyERvl8EsBu0GPYJ62e4yhJPmO7RKaAAbXA5ykLla2GVFkIvY4xHVcu6ak/s1600/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicHjVWLR5ovoWSOowlvN8E9wyq9Snf7Wf2LzQMiXPZapnXlMXoTJ7i_JwdFPtY4QftZ34QTyecfoOf_aaOnEyERvl8EsBu0GPYJ62e4yhJPmO7RKaAAbXA5ykLla2GVFkIvY4xHVcu6ak/s400/Apresenta%C3%A7%C3%A3o1.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>Possuidora de um contraste absurdamente intrigante, que mescla-se entre a delicadeza e força, o papel da mulher é determinantemente dominante na família e sociedade. </b><u>É mãe, esposa, filha, educadora e profissional</u>;<b> mas não é o excesso de funções que faz das mulheres figuras de facetas diversas e dúbias emoções, mas sim a forma como conseguiram criar ferramentas para administrar as vastas atividades que realizam no decorrer de seu desenvolvimento.</b><u> A velha discussão sobre a mulher ter maiores potencialidades ou não perante o homem, é teoria infrutífera.</u> <b>A moral que torna a pessoa melhor e apta e não sua condição sexual.</b> <b>O raciocínio e a moral, ao meu ver, que determinam a evolução ou falta dela no caráter do indivíduo e não a constituição física, que organizadamente separa o homem e a mulher de acordo com suas funções reprodutivas sexuais, preparando a fêmea sempre para desenvolver e criar seu filhote (em quase todas as espécies), mas nem sempre com a participação do macho.</b></div>
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<b>O fato é que a capacidade de gerar atinge a mais profunda região emocional das mulheres.</b> <b>Ela torna-se mãe, depois avó, sendo esta última uma segunda mãe, sendo mãe, também, de seus sobrinhos e, muitas vezes, de seus próprios maridos.</b> O corpo gera e prepara-se para cuidar, educar e zelar, mas será somente o corpo que determina a paixão que a mulher tem pelo cuidar? <b>Diria que não, analisando o fato de que muitas mulheres não geram, mas não deixam de se sentirem mães.</b> <u>A mulher é cuidadora nata e genuinamente perita em amar.</u> <u>Sente comiseração, penaliza-se pelo o outro e chora por qualquer tolice que atinge sua alma.</u><b> Desde a meninice, quando lhe dão bonecas para pentear e vestir, diferenciam-se dos meninos que devem sempre correr nas ruas, ter coleção de carrinhos para imaginarem-se partindo, contrapondo-se as meninas, sempre com suas panelinhas de cozinha e bonecas para ninar, vestir e amar.</b> Desde as pequenas brincadeiras, ao cuidado que deve (juntamente com sua mãe, portanto, mulher) exercer nas atividades domésticas, o mundo apresenta sua real função na sociedade: <b>a parte cuidadora e administradora de suas relações.</b> <b>Este texto, no entanto, não<u> pretende ser feminista, pois a escritora dele não é, mas sim humanista</u>, tendo em vista que o homem e a mulher são complementos para formação da base moral da formação de um indivíduo:<u> a família.</u></b></div>
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<b>A mulher, no entanto, sofre certas pressões de valores sociais. Valores esses que distinguem as pessoas por motivos diversos não as respeitando como seres humanos.</b> <u>Isto pode ser notadamente observado pela vida sexual da mulher e do homem.</u> <b>Para a primeira, o desenvolvimento da sua sexualidade deve ser retido, comportado, já para o segundo a quantidade cria o estranho valor de ser considerado qualitativo em relação ao seu grupo. </b>Tais comportamentos são tão esdrúxulos que torna-se tarefa árdua não comparar com estudos de primitivos inferiores, darwininos ou de etologia<b>. As diferenças são muitas e classistas</b>. <b>Entre as várias formas de classificação, há as mulheres consideradas pelo bando como "corretas" para a iniciação do matrimônio, entretanto, há outras de uso comum, que realizam atividades de prazer estritamente masculino e, portanto, apesar de cumprirem as funções consideradas corriqueiras pelo bando, não são identificadas para escolha matrimonial. </b><u>Valores tão medíocres que colocam homens e mulheres constantemente em escala de produtos para consumo, mas não como seres humanos imbuídos de qualidades e falhas.</u></div>
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<b>A mulher dentro essa trajetória classista e preconceituosa perante o mundo, tem a árdua função de fazer-se gente, mesmo quando o mundo não a trata como tal.</b> <u>Mulheres que em grande quantidade assumem a função de sustentarem e educarem seus filhos sozinhas, tendo que ouvir que são solteiras e, portanto, imorais para a atividade que com garra e solidão se prestão a fazer.</u> <b>Mulheres que acolhem suas filhas e netos, quando eles encontram-se sem apoio da figura paterna e, mais uma vez, tornam-se mães de seus filhos e segundas mães de seus netos, provendo a casa e ensinando uma força que somente fora construída na batalha da vida.</b> Mulheres que cuidam de seus maridos doentes, sejam por questões meramente físicas, emocionais ou de vícios; <b>estruturam seus lares, educam suas crianças</b> <b>e carregam nas fracas costas a responsabilidade de serem <i>donas de um lar. </i></b></div>
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<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Não bastando todas as tarefas e atribuições do ato de ser mulher, há, ainda, a profissionalização, o trabalho.</b> <b>O trabalho bonito da mulher que pôde, por condições financeiras, ter uma profissão de doutora, auxiliar as pessoas e desenvolver o intelecto, mas tem, também, a mulher que não pôde ter estudo, mas não deixa de prover sua casa, que cumprem trabalhos sob o sol, imploram por cidadania e, quando precisam, exercem uma rotina de muitos empregos, tentando levantar um "tiquinho" miserável que não alimenta o homem, mas não os deixa morrer prontamente.</b> Mulheres que mesmo sem instrução, criam formas de trabalho, vendem seus produtos na rua, pedem para limpar as casas das mulheres que puderam ser doutoras e <b>dormem em paz sabendo que estão cuidando de sua cria</b>. <b>A essas mulheres que são mães (de tudo e todos), mesmo quando não podem gerar, dedico este texto, pois toda mulher já nasce mãe, mesmo quando não deseja e toda mulher torna-se mãe de algo, alguém ou de seu próprio filhote, amando, tratando, cuidando e exercendo sua evolução e, assim, compreendendo a verdadeira razão da vida: <u>que o amor conduz ao bom trabalho e o trabalho generoso, amoroso e caridoso, é o princípio da evolução e de toda razão que constitui a humanidade. Mulheres, mãe da humanidade.</u></b></div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-68793980314410597232012-05-05T15:58:00.001-07:002013-02-04T12:30:17.629-08:00Mulherzinhas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpHnbLoyIUwnsjCcdF6-CxPpMxof2kqO_CK7YbcWtDMNVUo7VfIGzx4KIwky61fIpsCdmeX0N3Q4SlViLHJ30PYUq2U9xvdgrtofP60upRfjPffY-zykexKpkZLNGZYIcOzOAngy_Pws/s1600/536807.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpHnbLoyIUwnsjCcdF6-CxPpMxof2kqO_CK7YbcWtDMNVUo7VfIGzx4KIwky61fIpsCdmeX0N3Q4SlViLHJ30PYUq2U9xvdgrtofP60upRfjPffY-zykexKpkZLNGZYIcOzOAngy_Pws/s320/536807.gif" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Era um laço estranhamente forte, de linhas invisíveis e amarro eterno<br />
Um laço de esmero e cuidado, de finas e infiltráveis linhas de amor.<br />
Uma convivência terna, um olhar sábio e a mais pura vontade de ser e ter.<br />
Meninas em número de quatro, ou como escrevem, quatro meninas.<br />
<br />
<br />
<br />
Teciam conversas, explanavam sonhos e acreditavam no amor<br />
Um amor leal e forte, contínuo e lúcido.<br />
Que esperava o conhecido amigo à casa retornar<br />
E sonhava com o dia que para casa o pai permanecerá<br />
<br />
<br />
<br />
Guerras, medos e fome, como enfrentar à dor?<br />
Pela primeira o amor, pela segunda, não mais que a razão<br />
Na terceira somente a abnegação e a quarta por tintas escorridas nas telas.<br />
Sua mãe, tão bela e serena, espera das filhas somente amor.<br />
<br />
<br />
<br />
Amor para com elas, com abraços companheiros, sonhos compartilhados<br />
E gestos destemidamente desejosos de viver a confortável leveza do ser.<br />
De infância doce e sonhadora, vivia as meninas de May Alcott<br />
Criando histórias, inventando sonhos e acreditando no impossível<br />
<br />
<br />
<br />
De tanto sonharem, conquistaram o belo amigo<br />
Que tinha o que as meninas não tinham, mas desejava ter o que já possuíam<br />
Meninas felizes, meninas mais graciosas por não viverem só, mas serem quatro<br />
<b>As quatro meninas irmãs mais singulares que o papel já pôde narrar.</b><br />
<br />
<br />
<br />
Mulheres diferentes, por serem mulherzinhas ou<br />
Como definiram, <b>Adoráveis Mulheres</b><br />
Que amarrando laços invisíveis puderam elevar o amor,<br />
Esse profundo amor das mulherzinhas da senhora March.<br />
<b>Que adoráveis mulheres. </b><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<b>Minha singela homenagem a obra "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott,</b> pois quando me recordo desse escrito, emoções diversas me tomam e me conduzem para um patamar melhor, enriquecendo meu ser por ter percebido tamanho amor e amizade diante todas as fragilidades que essas adoráveis mulheres tinham, mas não temiam; viviam, mas enfretavam e, sobretudo, sabiam, mas guerreavam. <b>Que laço de amor mais bonito! Que mãos companheiras e adoráveis que levaram minha alma a conhecer a mais pura sensibilidade pertubadoramente transformadora.</b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdPmkZTftyIVMXbpsmH91O18B6iu8lQScG5qZkj48Or3eNFfugHSq5s08MrEwjB5EFEq5JU5Pe1_xuEDJpnPtUIrFscF80XjvipGXMERR1b2QWmO5cwSFZ1teek-U4fcbuT3YIhdnazhU/s1600/little_women_poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdPmkZTftyIVMXbpsmH91O18B6iu8lQScG5qZkj48Or3eNFfugHSq5s08MrEwjB5EFEq5JU5Pe1_xuEDJpnPtUIrFscF80XjvipGXMERR1b2QWmO5cwSFZ1teek-U4fcbuT3YIhdnazhU/s320/little_women_poster.jpg" width="320" /></a></div>
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<br />
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-49407132406534200062012-04-29T13:54:00.001-07:002013-02-04T12:02:23.194-08:00O Último Trem da Tarde.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi650hEGjCgwLMhcqlFalpjnNyj6wESaoUSASlKsra81UEq0eThFzDTfagZBGhJ5m6bb-HFsynMqSUA6UUacuB1eAsoOl0oCt14pqj8I24wZVmoFKXZ7Kwhrm8Vdzo1yfdXwdjqVQuGlTE/s1600/url.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi650hEGjCgwLMhcqlFalpjnNyj6wESaoUSASlKsra81UEq0eThFzDTfagZBGhJ5m6bb-HFsynMqSUA6UUacuB1eAsoOl0oCt14pqj8I24wZVmoFKXZ7Kwhrm8Vdzo1yfdXwdjqVQuGlTE/s400/url.jpg" width="400" /></a></div>
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<b><br /></b></div>
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<b>O último trem partiria daquela velha cidade as seis horas da tarde</b>.<b> Um excelente horário para partir, pensou Maria.</b> <b>Já havia alguns meses que ela pretendia abandonar aquela velha cidade pequena, mas não sabia como</b>. Às vezes, convencia-se que não deveria percorrer longos caminhos por falta de dinheiro, depois pensava em todos que amou, amava e que ainda poderia amar naquele pedacinho de terra. <b>Mas naquele dia, depois de guardar por sete meses uma velha mala preparada com todos os seus pertences, decidiu que deveria partir</b>. <u>Para onde? Para o trem, oras</u>.<b> Não importa onde ele a levaria, mas levaria para algum lugar, afinal de contas</b>. A espera era longa. A mais longa de sua vida; nem sequer almoçara para aguardar aquele momento. E o dia estava perfeito! Tudo o que Maria esperava para este momento era isso: <b>um frio leve, um colorido cizento no tempo e poucas pessoas ao seu redor.</b> Aquele trem sempre fora o único meio de transporte naquela cidade perdida, esquecida pela industrialização. Quando queriam visitar amigos, esticavam seus pés pelas estradas ou usavam carroças velhas, meio de transporte rústico e popular na cidade, todos tinham.<br />
<br />
<br /></div>
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<b><br /></b></div>
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<b>E em meio a carroças e andanças sem fim, torna-se fácil compreender o desejo de uma jovem sagaz, conhecedora dos cantos de todos os pássaros e amante das principais cachoeiras escondidas nas matas serranas da velha cidade.</b> O relógio da cidade, no topo da igreja, avisou que faltava apenas meia hora para a chegada do trem. <b>Para onde o trem vai? Ele pára onde? Em cidades, montanhas, casas grandes ou cidades sem verde, onde árvores não mais nascem e as ruas são cobridas por matérias estranhas, em que matos não crescem?</b> Que estranho! Lugares em que as pessoas preferem fumaças às plantas? o pensamento de Maria foi tão esdrúxulo que sua boca soltou uma gargalhada, o que fez a senhora do banco na frente despertar de seu leve cochilo e emburrar-se por isso. <b>Bem, não importa, quero ir no trem para lugares distantes, inóspitos e convidativos a transeuntes apaixonadas pelo ver e viver o novo. "Quero crescer", ansiava Maria</b>. Não queria mais repetir seus dias, ver as mesmas pessoas e esperar anoitecer.<b> Queria mais!</b><br />
<br />
<br /></div>
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<b>Tinha deixado uma carta para sua avó e uma rosa amarela, sua preferida, mas sabia que ela não se sentiria surpresa.</b> <i>"Quanto tempo não quero partir no trem"</i>. Sua avó sabia. Certamente sabia. O sonho de Maria crescera com ela e, como a criança que deseja um dia ser adulta, o sonho de sua menina ficara grande demais para caber na sua vida. <b><i>"Quando deseja algo que não encontra, é porque ele está em outros espaços e, por isso, é preciso caminhar até ele"</i> </b>dizia sempre sua avó. Naquele dia Maria decidira, de uma vez por todas, que caminharia até o seu sonho. <b>Que sonho? Nem ela mesmo sabia, mas sabia muito bem o tamanho do buraco que ele fazia em sua alma, pedindo mais, gritando por liberdade e ansiando por empresas e projetos</b>. Um som maquinário se aproximava e, com ele, o coração disparado pelo medo do novo perpassava por Maria.<b> <u>Sempre há uma escolha. A vida é uma escolha</u>. Ficar ou partir?</b> <b>Entregar-se ao conhecido e apaziguar a alma ou provocar a imersão de novas realidades, fazendo a mente pensar e acostumar-se, ora com a dor, ora com a alegria?</b><br />
<br />
<br /></div>
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<u><br /></u></div>
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<u>Antes que pudesse pensar, a porta se abriu</u>. Lá dentro tinha bancos, janelas largas, tudo muito confortavelmente preparado para seduzir viajantes. Um dos seus pés conseguira ir para frente, o outro não ousara. <b>Parte de si buscava o trem enquanto seus pés lhe seguravam em terreno firme, conhecido e amado</b>. A última chamada foi feita; toda a máquina foi novamente ligada e os passageiros estavam a bordo, menos Maria. <b>Ela estava vendo ao seu redor aquele mundo todo verde, de árvores e pássaros amigos e percebera, pela primeira vez, que nunca tinha sentido o cheiro forte de fumaça como daquele trem e nem visto cores diversas além do verde gritante das matas</b>. <u>Será que precisava ver? Será que só cresceria se partisse no trem?</u> <b>Seus pés foram para frente, seu corpo decidiu antes de sua mente</b>. <b>Já estava encantadoramente sentada em uma poltrona estofada com flores de cor rosa; colocara sua pequena mala nas acomodações e sentara perto da janela.</b> Pelas janelas via o tempo passar, o verde desaparecer pela distância geográfica e cheiros novos aparecerem, acompanhados de cores novas e rostos novos. <b>Não importa onde o trem pararia ou se iria voltar em breve; ou nunca, o que importa é que o medo partira e foi substituído por uma sensação nova, desconhecida e enigmática, apresentando um novo tempo, um novo estado e uma nova Maria</b>. <u><b>Nesse momento, Maria percebeu que não seria o trem que a faria crescer, já havia crescido quando desejara partir no trem. Tinha crescido quando decidira não ser mais a mesma. Já não era mais menina. A última curva foi alcançada, o vento tornou-se veloz e, pela janela, formas e relevos diferentes se apresentavam aos seus olhos. Um novo mundo estava à sua frente.</b></u></div>
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<br />Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-77717387793386133572012-04-22T11:31:00.001-07:002013-02-04T11:28:59.122-08:00Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell.<div style="text-align: justify;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiClKdftGQLq0TrsKGMizd0SzvX_v8aLGoKwhnOpQNE7QSMHdCJCcWYfSkV39zxcg_eGOGVciDgK45ODGlrRgnae2ic6Df6zWarMuDXSGH-_TfUftM5wTjTPu_lYdleFT-fHplXZAE5f_w/s1600/norte+e+sul+014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiClKdftGQLq0TrsKGMizd0SzvX_v8aLGoKwhnOpQNE7QSMHdCJCcWYfSkV39zxcg_eGOGVciDgK45ODGlrRgnae2ic6Df6zWarMuDXSGH-_TfUftM5wTjTPu_lYdleFT-fHplXZAE5f_w/s400/norte+e+sul+014.jpg" width="299" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirn-Th1BonaC7tD1fp4IplQjrd4ULY4DUmIh5rXXaMDWUyp8pM-nEg-k9jOcS7torZQVerYwt4pvy_FAiqxP_txlEQ79GuTOlrR_TyHd2gPF_oxIVxRtww7HgzsIjuZ1NVHkODjNLQQjc/s1600/Norte+e+Sul.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<br />
<br />
<b>O processo de industrialização modificou a realidade social de vários países;
criou novas formas de trabalho, de parâmetros e, como bem articulou Karl Mark,
originou novas classes sociais, segregando os homens e estabelecendo
novas formas de relacionamentos trabalhistas.</b> Como toda nova condição
transformadora e manipuladora, proporcionou uma dissidência que atingiu a sociedade em todos os seus setores. No âmbito da
literatura, temos registros das observações feitas destes "Novos Tempos" e dos efeitos decorridos da "Revolução Industrial". <b>O eminente escritor britânico Charles
Dickens é uma das referências no que se trata de histórias que ofereceram à
humanidade as condições que a inustrialização criou e como ela modificou a sociedade, o sistema e as pessoas.</b><br />
<br />
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<br /></div>
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<b>O livro "Oliver Twist" narra a história de um menino órfão, condicionado a miserabilidade e
criminalidade, nos apresentando a pintura perfeita do cenário
industrialista e de como a "Revolução Industrial" mexeu com toda estrutura
social.</b> Em razão da "Revolução Industrial" ter se iniciado na Inglaterra, tornou-se comum os pensadores ingleses terem sido os precursores a <b>denunciarem e
se manifestarem contrários as novas condições sociais vigentes e a forma como
ela segregou os homens</b>. Além dos escritos de Charles Dickens, pude ter
contato com um obra primorosa, inteligente e erudita, que apresenta como temática a
industrialização e suas nuances:<b> "Norte e Sul", de Elizabeth Gaskell.</b> A narrativa "Norte e Sul" narra como o mundo
bipolarizou-se com a tendência industrial e os efeitos, mazelas e dificuldades deste novo
contexto.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>A narrativa tem como heroína a jovem Margareth Hale, moça de vida modesta,
mas cultura refinada e intelecto aguçado, graças a intelectualidade de
seu pai, um clérigo que, como todos da época, apesar de não terem
renda elevada, tinham contato com a classe alta, que definiam os clérigos
como figuras essenciais para o desenvolvimento da comunidade.</b> Toda a
história é vista sob o ponto de vista de Margareth que sofre uma
significativa ruptura quando seu pai, por razões éticas incompreensíveis
para Margareth e sua mãe, opta por desligar-se da igreja e <u>mudar-se do
sul do país, ambiente calmo, bucólico, de renda rural, para o norte,
local de transformações, indústrias, poucos donos mandatários
industriais e muitos trabalhadores que se doavam muito e, em troca,
recebiam menos do que o básico para dignidade de vida.</u><br />
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmuzXgYtzy8mtSneegdInv-DIbBHnze0xHGaF9CriuJ_L7M83fznIXB0BUwyvV3CP1SUWLtAiqPBEMJB5NDkhc1D3S1jzRZakBmcfo6t5Uq5g0ccFcEYH9AAzUAoJcAxja03HtZEtPOdA/s1600/norte+e+sul+00.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmuzXgYtzy8mtSneegdInv-DIbBHnze0xHGaF9CriuJ_L7M83fznIXB0BUwyvV3CP1SUWLtAiqPBEMJB5NDkhc1D3S1jzRZakBmcfo6t5Uq5g0ccFcEYH9AAzUAoJcAxja03HtZEtPOdA/s200/norte+e+sul+00.jpg" width="140" /></a></div>
<i> </i>O livro pontua a formação dos primeiros sindicatos trabalhistas, a mendicidade dos que <b><i>serviam os meios de produção</i></b> e o surgimento do requintes dos que eram os <b><i>donos dos meios de produção</i></b>
e, também, a crescente religiosidade dos protestantes, em decorrência da
cisão que o movimento protestante estabeleceu contra a igreja católica.<b> Miss
Margareth Hale é a observadora que narra ao leitor todas as diferenças
do mundo do sul para o do norte e como o primeiro valoriza a vida e a
comunidade e o segundo é feroz e materialista em todos os seus
propósitos</b>. A fome, pobreza, divergências e a realidade do mundo
industrialista é contada de forma clara e precisa, mas simples e
agradável.<b> Além da mudança geográfica que miss Hale é obrigada a fazer e
de toda mudança de ares que o norte lhe apresenta, há, também, o
encontro da inteligente e simples moça com o rude e industrial sr. John.
Depois de um longo tempo e experiência, ambos iniciam ampla compreensão sobre a realidade e as diferenças do mundo do sul e do norte.</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVg6Z2juBgSZeN5OsdJa_kH58JnmqZLs4GutkjvsV_NcCEwhoudBYoK2llp0BvuULcmHvHuQIAO4kYEcOtXZNHInfdWCAmx4RdziosYQCl7Yrp4K3VGzgp8p9CwJyy4VOheEQnxtOBX40/s1600/portrait.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVg6Z2juBgSZeN5OsdJa_kH58JnmqZLs4GutkjvsV_NcCEwhoudBYoK2llp0BvuULcmHvHuQIAO4kYEcOtXZNHInfdWCAmx4RdziosYQCl7Yrp4K3VGzgp8p9CwJyy4VOheEQnxtOBX40/s200/portrait.jpg" width="194" /></a></div>
<b>A escritora britânica Elizabeth Gaskell apresenta através do seu "Norte e Sul" uma abrangente preocupação sobre a nova realidade social e como a industrialização estava, de forma instantânea, modificando a sociedade.</b> <u>A escritora possui uma forma erudita, inteligente e romanesca de
escrever e traçou com propriedade e autoridade os detalhes minuciosos das regiões, o comportamento das pessoas,
as privações e como a vida do trabalhador comum era distante do
proprietário industrial.</u> Suas belas letras, que foram escritas em formas
de capítulos, que eram publicados semanalmente em jornais, foram reunidos
e transformados no magnífico romance "Norte e Sul". Um livro de contextualização histórica e real, que narra de forma inteligente o impacto da industrialização na sociedade, o surgimento de novas vertentes e o relacionamento de miss Hale, com seu mundo tranquilo, bucólico e camponês como o sr. John, imerso em uma sociedade competitiva, monetária e sagaz. <b>De forma detalhada, precisa e dinâmica, Gaskell explana as características desses dois polos, enquanto lemos os conflitos e relacionamentos surgidos dentro deste cenário de mudanças, valores e contrastes na vida trabalhista, social e pessoal, a partir do encontro de duas realidades sociais muito diferente: de Hale e John que, apesar da distância emocional que os separavam, uniram seus mundos, com a afeição que surgiu de forma gradativa entre eles.</b><br />
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<br />
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<br /></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-60789672216686740772012-04-09T16:35:00.002-07:002015-01-20T06:06:27.632-08:00 Que Falsa Elegância.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqFJ2Cf6v6ZaWzk1XmQcUlfu3bTWkh6owO4z1mpEHQE2VsAGHoliEJKlTd0dp3NtuWvryVCBC7q1V5lsj1oVDuSp_UK19xF-CUKNnYojp2J5D1DIPIkM4RcWxWldeyTRoFnQ1XEjM5u94/s1600/riqueza+pobreza%5B2%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<br />
<span style="color: blue;"> </span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyrFixqtGUxsnkpnWWdG4TUtJKQ-XLmdo7gpH1i88Zqjbo3cJbs721Ewb_VwJ9UQoytyWre5epDRKVxU-EUc8JH3SnCxt_ptyIlkTVCSVJSpae98xJP0eYxAQrC-rxDUC4exVLi4P-bXk/s1600/riqueza-e-pobreza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyrFixqtGUxsnkpnWWdG4TUtJKQ-XLmdo7gpH1i88Zqjbo3cJbs721Ewb_VwJ9UQoytyWre5epDRKVxU-EUc8JH3SnCxt_ptyIlkTVCSVJSpae98xJP0eYxAQrC-rxDUC4exVLi4P-bXk/s320/riqueza-e-pobreza.jpg" height="320" width="263" /></a></div>
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<br />
<br />
<i><b>"Ao sentar-se, o indivíduo deve sempre atentar-se a sua posição corporal, não permanecendo em qualquer situação que traga inconveniências ao seu interlocutor; alimentar-se, apenas, estritamente apenas, com a adequação necessária à elegância que a conformidade pede; um andar específico, uma indumentária renomada, um estar e ser sempre com modos e elegância".</b></i><br />
<br />
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O comportamento acima explanado refere-se ao código de etiqueta criado para os homens conviverem em sociedade, de forma elegante e dita educada, sem ferir ou violar o código identicado por muitos como<u><b> <i>pura educação</i></b></u>. <b>Sempre achei tais designações de extrema pobreza e tolice, mas, ao deparar-me com tais dicas de comportamento fornecidas por um programa da tv aberta, retirei-me no recanto de minha mente para raciocinar a relevância ou não de comportar-se da forma indicada.</b> <u><b>E, como antes, cheguei a plena conclusão de que preocupações como essas, em um mundo de conflitos e privações, só refletem a mais pura ignorância e estreitamento de ver, julgar e viver à vida.</b></u> Em meio a excedentes sofrimentos, doenças físicas, emocionais, sociais e<b> </b>(lamentavelmente) ambientais, <b>ocupar-se de analisar e classificar a melhor forma de vestir-se, as marcas de produtos mais indicados e a elegância que cada classe social deve apresentar, é uma tremenda mediocridade</b>.</div>
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<b>Conceitos muitos mais profundos e concretos, em contraponto a etiqueta social, não são exigidos e trabalhados na sociedade.</b> <u>Ética, cidadania, generosidade, fraternidade, não são debatidos como temas essenciais à elevação humana e progresso moral.</u> O povo, um grande rebanho de repetições de ideias e ideais, <b>valoriza e copia o que dita os grupos definidos como mais importantes e influentes</b>. <u>Desse montante de produções surgem ditaduras de modismos.</u> Modismos para vestir-se, alimentar-se e apresentar-se à sociedade, apartando indivíduos considerados de respeito e indivíduos retratados como bregas, indevidos e dignos de piedade. <b>Que regras são essas, que denigrem a humanidade e desaproximam os homens dos homens?.</b> No limiar dos meus questionamentos, não precisei prolongar-me na importância ou não de tais atitudes<b>:o mundo fala por si</b>. Como, na crucial realidade do mundo, poderá o homem importar-se com as medidas certas para um requintado jantar, escolhendo talheres e quais assuntos devem ser discutidos se, no mesmo momento, milhares de pessoas sofrem de fome? <b>Não precisando nem definir-se como elegantes ou não, pois não terão alimentos nem objetos para classificar tal ordem</b>.</div>
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Não muito distante dessa realidade de "elegâncias", podemos ver pessoas sem moradia, sem auxílio de políticas públicas que visem beneficiar e ofertar acesso <span style="color: blue;">a</span> habitação e estabilidade de vida. <b>Para tais indivíduos, não será necessário indagar se é elegante ou não manterem móveis de marca e pinturas refinadas em sua casa, pois não possuem a leve noção do que seja uma moradia e, consequentemente, um lar.</b> <u><b>O excesso de materialismo é a arma que o alienado se apropria para ferir os homens, os definindo com menor ou maior valor, introduzindo a ideia do moderno e elegante contra a pobreza dos que não sabem definir a moda ou o requinte e usá-los a seu favor.</b></u> <b>Assim, vemos um grupo alienado e feroz discutindo sobre como portar-se, comer e vestir-se, enquanto milhares de miseráveis tem outras preocupações: se poderão ter alimentos para nutrir-se, se seus filhos poderão estudar, se suas dívidas poderão ser anuladas e se terão saúde, alimentação e dignidade.</b></div>
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<b>Que pessoas são essas, senão de moral deficiente e inteligência pouco desenvolvida, que não são capazes de refletir sobre a imprecisão de tais atos e valorização excessiva destes comportamentos?</b> <b>Pessoas que necessitam e exigem "fineza" para beber, comer e destinam suas vidas a relacionar-se com pessoas que possam aprender as regras do jogo e jogar com "classe e elegância"</b>. <u>Vejo com olhos extremamente críticos essa nova formação de valores que tenta abafar nossos reais problemas, que julgam o homem e o critica não pela sua conduta e cidadania, mas pela formação de uma etiqueta que somente o excesso de dinheiro proporciona.</u> <b>Que temas são esses que perpassam os homens e os distancia de suas mazelas, não explanando a importância do pensar, analisar, auxiliar e transcender para uma moral realmente equilibrada e sensata?</b></div>
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<b>Mundo de mentes alienadas que criam condutas estúpidas para segregar as pessoas, que define o homem pela sua capacidade de comprar e usar o dito elegante</b>. Um mundo que cria sua própria doença ao formar no limiar de sua moral, virulências que dispersam sobre o coletivo <b>e determinam quem pode ser respeitado ou não.</b> <b>Uma elegância que deixa as pessoas com a indumentária perfeita, o alimentar educado e o sentar adequado, mas não introjeta nos homens a necessária prática da educação, da gentileza e do respeito ao próximo, independente da estrutura material ou não que o mesmo tenha para viver</b>. Uma moderna elegância hipócrita que atrasa a mente para suas reais necessidades:<b>o desenvolvimento da razão para emancipação da inteligência</b>. Que elegância e classe são essas? Ensina ao indivíduo o respeito na mesa, o andar elegante e a adequada conduta social, mas não educa ao respeito ao próximo, a cidadania em grupo e como devemos, acima de tudo, ter educação, moral e virtudes. Uma grosseira e financeira elegância. Uma falsa elegância.<br />
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-35322992830337352992012-03-06T16:37:00.001-08:002013-02-03T10:28:43.978-08:00Regras da Vida.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XEIbvj6wn-2akbI96J1k5Pu94R3gi9y34BydKZOIcme_42HMq6ONM60BQmsI6eA7ZsjvDn9TsBOVvbpmbSkooSNQAQsQEjY2BJyDaKOccgGlmZtpSJ7yM_HY-NPshvAuE0VPQDuQSf0/s1600/regras-da-vida-poster03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XEIbvj6wn-2akbI96J1k5Pu94R3gi9y34BydKZOIcme_42HMq6ONM60BQmsI6eA7ZsjvDn9TsBOVvbpmbSkooSNQAQsQEjY2BJyDaKOccgGlmZtpSJ7yM_HY-NPshvAuE0VPQDuQSf0/s1600/regras-da-vida-poster03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XEIbvj6wn-2akbI96J1k5Pu94R3gi9y34BydKZOIcme_42HMq6ONM60BQmsI6eA7ZsjvDn9TsBOVvbpmbSkooSNQAQsQEjY2BJyDaKOccgGlmZtpSJ7yM_HY-NPshvAuE0VPQDuQSf0/s1600/regras-da-vida-poster03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8wu99KmJOz9KsiWq0JV5wQ755aHVHADGxxGqPc3xq6MiZ9zmzarAVv5cBf9hxoHHsXX5aKkpipAKE_c3_JM7CysIHCNqQNyCACqmrzSjx6aIIExdFatokL1TYhTQxNMq4rJ40mz-nWpQ/s1600/Regras-da-Vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8wu99KmJOz9KsiWq0JV5wQ755aHVHADGxxGqPc3xq6MiZ9zmzarAVv5cBf9hxoHHsXX5aKkpipAKE_c3_JM7CysIHCNqQNyCACqmrzSjx6aIIExdFatokL1TYhTQxNMq4rJ40mz-nWpQ/s400/Regras-da-Vida.jpg" width="281" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XEIbvj6wn-2akbI96J1k5Pu94R3gi9y34BydKZOIcme_42HMq6ONM60BQmsI6eA7ZsjvDn9TsBOVvbpmbSkooSNQAQsQEjY2BJyDaKOccgGlmZtpSJ7yM_HY-NPshvAuE0VPQDuQSf0/s1600/regras-da-vida-poster03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<b>O filme "Regras da Vida" é pontuado por excedente sensibilidade e humanismo que de várias maneiras são demonstradas no decorrer da narrativa. O olhar puro do protagonista sobre a vida, lançando sobre as próprias experiências não julgamento, mas compreensão e sabedoria, carrega o filme de emoção e a certeza de que a vida realmente é baseada nas escolhas que fazemos, nos caminhos que traçamos.</b><u> Uma película com excelente roteiro, atuação primorosa e cenário que proporciona ao espectador uma visão realmente bonita da natureza e da vida.</u> <b>Tobey Maguire, no papel do bondoso e puro Homer, nos transposta para as experiências da vida e como ela é formada de vivências e escolhas. </b>O protagonista, desejoso e curioso de conhecer o mundo e todas as possibilidades que ele oferece, abandona a única noção de lar que teve durante toda a sua vida: um orfanato (Administrado e cuidado por um médico altruísta, que cuida de crianças órfãs oferecendo um local seguro e um ambiente amoroso para se formarem) e parte rumo ao desconhecido, desejando experiências e vivências novas. O filme é permeado de emoções como tristeza, conflitos, alegrias, revolta e, sobretudo, <b>indaga qual o caminho para ser feliz, qual escolha fazer e qual é a busca do personagem.</b> Caracterizado por ser uma narrativa bucólica e serena, "Regras da Vida" impressiona pelo seu contraste contemporâneo, descrevendo efeitos diversos do comportamento humano, até mesmo a violência contra mulher, a importância da maternidade e as consequências provindas da orfandade, da negligência decorrente do ato de não aceitar ser mãe e pai.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9jv6tD1Rps6m4V6V_bkFp70mhzIiypSSIV-TG2QaCXIx3HQGSRIJ25PLzh5H_YqAx_c33d3aF3unn6dOwONm9NP_daU9ICUaPmB7Fv4AulajdXWnHQHt9aNeFMamUqdL-Qgpl80o3Q9c/s1600/regras_vida_01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9jv6tD1Rps6m4V6V_bkFp70mhzIiypSSIV-TG2QaCXIx3HQGSRIJ25PLzh5H_YqAx_c33d3aF3unn6dOwONm9NP_daU9ICUaPmB7Fv4AulajdXWnHQHt9aNeFMamUqdL-Qgpl80o3Q9c/s200/regras_vida_01.jpg" width="185" /></a><b>Mas o filme é mesmo do Homer. Claramente dele</b>. <b>É por ele que nos apaixonamos quando vemos tanta pureza e beleza, com um comportamento retido e calmo perante a vida.</b> <u>Um personagem virtuoso, que desde a meninice aprende os mistérios da cura e de tratamentos diversos. </u><b>Queremos saber a escolha de Homer, qual é seu caminho: o escolhido por ele ou o escolhido para o mesmo desde sempre.</b> <b>Um cuidador nato que nega seus próprios talentos, que não se reconhece capaz e preparado, fugindo do seu destino, <u>fielmente acreditando que outros caminhos foram feitos para ele e não as perspectivas escolhidas para ele</u>.</b> Além de toda beleza que envolve a história, as cores atrativas de um belo cenário e um soundtrack mais precioso que já pude ouvir, <b>a solidão é retratada de forma delicada nesta película</b>. Os órfãos, mesmo sentindo-se amados pelo lar fornecido, sentem medo do amanhã, de não serem "escolhidos" e permanecerem até a vida adulta em um local em que foram abandonados (sem saber o porquê) <b>por indivíduos que, mais que qualquer outro no mundo, deveriam amá-los, cuidá-los e prepará-los para o futuro.</b></div>
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<b>"Regra da Vida" discute qual o caminho ideal para viver. Qual a regra exata para realização pessoal e transcendental do ser humano</b>. <b>Um filme extremamente delicado, emocional e indagador, que nos transpõe para um patamar mais passional e uma sensação de completa felicidade por ter tido contato com uma obra essencialmente humana.</b> <u>Um filme que nos mostra que olhar para o outro e construir a solidariedade pode ser o caminho mais valioso para real felicidade, não a confundindo com meras sensações levianas que nascem de uma idolatração a mediocridade</u>. Uma obra realmente bela e certamente agradável e necessária para amantes de obras cinematográficas, pois basea-se na inteligência, profunda emoção e humanismo. <b>Belo, poético, emocionante, puro e sábio, o filme reúne os questionamentos necessários para o crescimento e a maturidade; <u>questionamentos constantemente perdidos pelo caminho da vida diante a escolha do certo e errado, do querer e ignorar; das regras que regem a vida; das regras da vida. </u></b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiLxDLwHXjUoC_cLhlZN5pk8fgO6tkKKOSBVZ-1ysQyO53-Olokeklb7fmgPT0fT7-SsgO1GIluoDD3UatumJ9qctvdIoON5W3LqB63i40d2oPxXYP47D-kMQ8oW8xbBUlU4ffkNMFIW8/s1600/regras-da-vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiLxDLwHXjUoC_cLhlZN5pk8fgO6tkKKOSBVZ-1ysQyO53-Olokeklb7fmgPT0fT7-SsgO1GIluoDD3UatumJ9qctvdIoON5W3LqB63i40d2oPxXYP47D-kMQ8oW8xbBUlU4ffkNMFIW8/s320/regras-da-vida.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"><i><b>"Boa Noite, príncipes do Maine, reis da Nova Inglaterra".</b></i></span></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-58278840988958844682012-02-23T15:41:00.003-08:002013-02-02T15:30:37.489-08:00Que Moça Velha.<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;"><b>Ela tinha os olhos suaves e profundos, com uma melancolia natural de um ser desejoso da vida e de suas nuances. Sua pele era nova, sua idade, ainda muito jovem, mas seus olhos eram idosos e viam a vida sobre um prisma sereno, como se a vivência tivesse chegado antes que a <span style="font-size: large;">velhice e serenidade</span>.</b> Uma pequena grande estranha mulher, que via elementos impercebíveis, contava os dias como epopéias e queria <b>ser grande de uma maneira singular aos outros sonhadores que trasitavam com ela.</b> <u>Uma moça já muito velha em um corpo muito novo.</u> Uma discrepância que a fazia não entender, muitas vezes, nem a si mesma quando podia sentir sua excedente maturidade falar e, em outras, sua meninice a chamar para realidade. <b>Queria definir o mundo, os outros e a si. Encontrar a forma perfeita de viver, falar, pensar, aprender, caminhar e conhecer a inteligência ideal para a sabedoria e perfeição</b>. Qual o caminho? Pensava, pensa e pensará ela, <u>tão jovem e tão velha. </u></span></div>
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<span style="font-size: large;">A moça, tão velha que era, desejava momentos de paz, deixava a preguiça tomar-lhe conta e realizava leituras diversas, como se fosse a atividade mais poderosa do mundo. A moça, dentro da pequena velha, desejava a vida frenética, mais veloz e viver experiências pares, como se cada andar fosse lhe proporcionar uma visão mais aguçada e alegre da vida. <b>Mundos, passagens, histórias e viagens fazem parte dos sonhos da moça velha. Paz, iluminação, palavras sábias fazem parte da velha moça.</b> Quantas facetas, caracteres e faces guardava essa moça. <u><b>Muito velha por dentro e muito nova por fora.</b></u> Uma moça de dualidades e caminhos diversos e complexos dentro de si. Com sismas e questionamentos sem fim e certezas já bem enraizadas nos patamares da alma. <b>Uma moça velha bonita em sua essência, mas não ainda perfeita em sua condição</b>. Gostava de palavras de todos os tipos e sentia fascínio pelo interpretar. Uma moça santa e pecadora<b><span style="font-size: large;">,</span></b> que <b>entrava em conflitos com seu mundo interno e externo</b>; afinal, quem disse que seria inteligível e banal os caminhos para a perfeição.</span></div>
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<span style="font-size: large;">Uma moça velha. De fato. Seus olhos eram profundos, sua visão sistemática e sua busca sem fim. Debaixo de uma pele nova e fugaz, com um olhar duro e doce, <b>uma indagação curiosa sobre a vida brotava constantemente nela</b>. Seus olhos eram muito, muito espertos. Bonitos, ela não sabia, <b>mas queria a beleza eterna de uma alma alegre e feliz com a vida que tem, pois lhe foi dada, presenteada por forças inteligentes e sábias.</b> Já é velha, ainda é moça, uma bailarina da vida que gosta de vivê-la com pequenos passos, sentindo a música como se fosse clássica e o vento como uma bela orquestra. <u><b>Que moça estranha, dizem todos. </b><b>Mas é porque a moça já é velha</b></u>. <b>Uma velha moça, ou moça velha que existe dentro de <span style="font-size: large;">si</span> e parte quando quer,<span style="font-size: large;"> </span>sonhando e desejando enquanto moça e compreendendo<span style="font-size: large;"> e aprendendo</span> enquanto velha. Que moça velha.</b></span><br />
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-56358304121741425522012-02-13T14:31:00.001-08:002013-02-02T15:01:47.657-08:00Charles Dickens: Um Contador de Histórias Reais.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_R04TzxCVAMRmRMw60ABUXujwxCRnPSVt0uCLRvvTnZkGW_5DWXPvGRy5rsTkCdLaN2RG4vRc1aDaSv7CtV2m5mFw31dNeGRNutGxOMtbmquWV_mutHXOrfwKhpan3rk4-G3d6ZnHC9I/s1600/ii.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_R04TzxCVAMRmRMw60ABUXujwxCRnPSVt0uCLRvvTnZkGW_5DWXPvGRy5rsTkCdLaN2RG4vRc1aDaSv7CtV2m5mFw31dNeGRNutGxOMtbmquWV_mutHXOrfwKhpan3rk4-G3d6ZnHC9I/s400/ii.png" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"><b>Nascido em uma época de <span style="font-size: large;">grandes</span> transformaç<span style="font-size: large;">ões</span> socia<span style="font-size: large;">is</span>, segregação humana e crescente urbanização, o louvável e perspicaz escritor britânico Charles Dickens </b><b>presenciou o surgimento do movimento conceituado<span style="font-size: large;"> de</span> "Revolução Industrial"</b><b>, e os significativos<span style="font-size: large;"><span style="font-size: large;"> </span>transtornos<span style="font-size: large;"> e alterações </span></span> decorrentes do processo de industrialização, iniciado em seu país, Inglaterra.</b> A estruturação de uma sociedade sucumbida <span style="font-size: large;">pelo</span> capitalismo, a execução de trabalhos degradantes, em que crianças e adultos forneciam toda a sua capacidade de força de trabalho em troca de um pequeno remunerado (que não garantia condições para a concretização da dignidade de vida) foi cenário de (in)formação e crescimento deste talentoso escritor inglês. <b>Ávido observador, crítico inteligente e romancista de visão abrangente e sagaz, </b><b>Charles foi uma romancista de ficção</b><b> de histórias similares a realidade</b>. Seus escritos revelam ao leitor o olhar de um homem que criticou o seu tempo, espaço e a forma como o capitalismo desumanizou as pessoas, as definindo como matéria e ferramenta de trabalho para manutenção econômica. Pobreza, doenças, mendicidade, exclusão, trabalho árduo e segregação social são características<span style="font-size: large;"><i><b> </b></i>sumamente</span> impregnadas em seus romances, demonstrando enfaticamente, através de seus personagens, a <b>realidade da Inglaterra Vitoriana.</b> Charles, mais que um excelente escritor, foi um crítico social e reivindicador da justiça e igualdade social; satirizou as novas condutas e valores, demonstrando de forma romanceada a precariedade do industrialismo e a forma como atingiu e excluiu os cidadãos.</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjO1ffBaYUwHYGCrvN_Us0xRbtahNmxOa-doLujV6NZ-d4MKSaAHcDM4ZhayEySMWaxbnHIgHMpT6Tng4njddvkojDp1oqWyWLa6myvWEaayTdaEtSKUKT5IsJlaZiGuqP77Dvl03YXQk/s1600/i.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjO1ffBaYUwHYGCrvN_Us0xRbtahNmxOa-doLujV6NZ-d4MKSaAHcDM4ZhayEySMWaxbnHIgHMpT6Tng4njddvkojDp1oqWyWLa6myvWEaayTdaEtSKUKT5IsJlaZiGuqP77Dvl03YXQk/s320/i.png" width="260" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
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<span style="font-size: small;"> </span> </div>
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<span style="font-size: large;"><i><b>Ilustração de Oliver Twist</b></i></span></div>
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<span style="font-size: large;">"Oliver Twist", "A pequena Dorrit", "David Copperfield" e "Conto de Natal" são escritos que <b>revelam a principal tendência do escritor: romancear e criticar a realidade e entreter o público, realizando assim, um duplo trabalho: <u>denúncia social e literatura.</u></b> Na obra "Oliver Twist", o protagonista é um menino, órfão e vítima de um sistema social que abandona a juventude pobre, mazelada, a vendo como entrave para sociedade industrial e capitalista. <b>O jovem Oliver, símbolo da industrialização, do sofrimento e maus-tratos</b><b>, é a personificação da orfandade e precariedade que viviam as<span style="font-size: large;"> </span>crianças pobres no sistema industrial.</b> No romance a "Pequena Dorrit", o trabalho desgastante, as diferenças sociais, as neuroses sociais surgidas em homens adoentados pelo seu meio, são denúncias realizadas no decorrer da narrativa, pintando um quadro social de angústia humana e de descaso com o cidadão.</span><br />
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<span style="font-size: large;"><b>Os personagens estereotipados de Charles Dickens apresentam diferentes comportamentos sociais, e como as pessoas viviam e sof</b><b>riam </b><b>na época de profu</b><b>nda decadência humana e do desenvolvimento<span style="font-size: large;"> crescente</span> do capitalismo</b><b>.</b> Corruptos, prostitutas, velhos ranzinzas e medíocres e a fome que alastrava-se como vírus pela velha Inglaterra foram contadas pelo eminente escritor que, ultrapassando<b> </b>o designações sociais, presenteou a literatura e a humanidade não só um gênero de entreterimento, mas uma visão social crítica e bem formulada de como um sistema pode fragilizar<span style="font-size: large;">, </span>deteriorar e adoecer os indivíduos. <b>E além de todas as características ricas<span style="font-size: large;">, </span>positivas e produtivas que sua literatura propiciou a litera<span style="font-size: large;">t</span>ura clássica, ciências diversas aproveitaram os registros de Dickens para historiar e codificar as condições sociais, culturais e políticas em que o escritor viveu, traçando uma linha clara, precisa e inteligível dos principais contextos sociais que envolviam à época.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7sS-hKOmuzq4FxBl0bDhig4VQLeH2aW-b9zmcRQbcggj1xZkPQy3H6R2Hzrv0ECPw68URB6DGivFK3dTT-z7k5vubS4bIsgUetPQCSTOqCYYwPV3IOzPkzuMS4CgKhfuIMreXVlXhpXI/s1600/%C3%8Dndice.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7sS-hKOmuzq4FxBl0bDhig4VQLeH2aW-b9zmcRQbcggj1xZkPQy3H6R2Hzrv0ECPw68URB6DGivFK3dTT-z7k5vubS4bIsgUetPQCSTOqCYYwPV3IOzPkzuMS4CgKhfuIMreXVlXhpXI/s320/%C3%8Dndice.png" width="209" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
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<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;">Dickens, como seus conterrâneos Jane Austen, Elizabeth Gaskell, Irmãs Bronte e Shakespeare possui um estilo particular e primoroso na escrita. Um verdadeiro mestre das letras, que marcou o mundo literário com registros sociais e humanizados, que nos afeta de forma totalizada com sua obra multifacetada por motivos diversos como: <b>sagacidade, crítica, erudição, enredo, riqueza de detalhes, conflitos, </b><b>personagens e linguagem real romanceada.</b> Um escritor transcendental e de abordagens ainda atuais, pois falou de temas e sofrimentos que ainda fragilizam o homem e a sociedade, enquanto escrevia de forma simplória e diversificada. Um escritor que merecidamente é admirado, louvado, definido e estudado como autor de uma obra rica, histórica e cultural, determinando sua excelência em paralelo a escritos diversos. Tão excelente, que apesar da comemoração de seus 200 anos de história, ainda é um autor buscado, lido e caracterizado como um dos principais escritores da literatura universal e preferido no gosto particular de leitores que apreciam a verdadeira e eminente arte.</span><br />
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-28416638365634265442012-02-12T07:43:00.001-08:002013-01-31T11:17:10.852-08:00Um Fim de Tarde.<div style="color: white; text-align: justify;">
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<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Seis horas </span><span style="font-size: large;">da tarde. As pessoas percorrem pelas ruas em movimento frenético. <b>Um dia cansativo e longo foi cumprido com a determinação de trabalhadores que almejam algo que foi determinado por valores sociais nascidos em tempos primórdios, onde a necessidade do ter e fazer, se fez necessário para todos os humanos.</b> Indivíduos passam uns pelos outros, sem olhar para os lados ou alguém. O<span style="font-size: large;"> próprio</span> dia está cansado pelo tamanho que se caracteriza o fazer e ter. Levanta-se cedo, logo a forma orgânica reclama por comida, segue-se por qualquer tipo de condução a um de<span style="font-size: large;">terminado destino</span>, labuta-se por tempo incontável. <b>O dia está ganho</b>. Uma ação que sabe ser obrigatória para ter uma resposta a continuação dessa vida: <b>dignidade</b>. O retorno do trabalho trás a dignidade do comer, beber, viver e ler a vida da forma dita plena e acreditada feliz. O movimento constante se consome na noite, que trás um vento frio e uma lua grande por demais. <b>A cidade finalmente irá dormir.</b> <u><b>O mundo se silencia</b></u>. Muitos dormes. Outros, iniciam a jornada noturna, onde o trabalho se realiza de forma serena, acompanhando a lenta noite.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><b>O dia passa, logo transcorre a semana e o mês trás o final do ciclo humano frenético e veloz.</b> A produtividade é caracterizada e somada em cédulas, <b>o retorno do positivo é associado a barganha.</b> Somos mesmos produtivos? Fazemos o positivo para nós e para os outros? <b>A vida pede tanto, que o pensar e refletir é determinado para uma fase longínqua, onde o anseio do conquistar e o medo do não ter, talvez, não tenha mais signos ou semântica.</b> Que tempo é esse? <u>Tempos de máquinas andantes, ditas pensantes mais vivendo somente para propagar uma existência;</u> até ela pedir para ir embora e deixar o outrora, não sabendo o que fez e o que aprendeu, pois as inúmeras responsabilidades do ser, <u><b>não deixou a pequenina alma intrigar-se e indagar coisas a mais, delongas a mais.</b></u> <b>Se vivendo se aprende, mas só se aprende mais a fazer outras maiores perguntas,</b> poucos tem cumprido com louvor essa premissa<span style="font-size: large;">;</span> decorando<b><span style="font-size: large;"> </span></b><span style="font-size: large;">apenas</span> valores e buscando fontes improdutivas para catalogar a si, o mundo e o outro, não restou tempo para definir essa essência mutável e evolutiva, que não é carne e nem somente emoção, <b>mas vida eterna</b>.</span></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;"><b>Já é tarde. O dia amanhã será o mesmo.</b> Rotina, trabalho e pessoas almejando <b>uma patamar maior e melhor, sem perceber que o degrau de qualquer subida, quem faz é o escalador e a sensação de felicidade, quem sente é o próprio ser.</b> O dia será novamente longo, as pessoas passarão <span style="font-size: large;">umas </span>pelas outras, o nervosismo será condutor em todas as atividades<b> e, mais uma vez, acreditaremos que cumprindo funções sociais estaremos sendo produtivos e ganhando algo.</b> O que? Dias sem pensar, momentos não sentidos, trabalhos que <span style="font-size: large;">enganam</span> o homem, fazendo-o acreditar que está ganhando poder e status e o homem<span style="font-size: large;">, pobre homem</span>,<span style="font-size: large;"> </span><b>sem perceber que o transitório e a evolução é a lei da vida. </b></span></div>
<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-35415594852149702332012-01-14T12:18:00.000-08:002013-01-31T10:18:49.210-08:00Doenças Carnais e Doenças da Alma.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_EycZHWgUpgtixvn1SmJ0Avdv-rNy4mhV6t7kyl1f09a_8WyZrXlm_z1P0uorfrlw2rndPOtlTOh0o7uSaIHm-c42Hyp3EE9_R1_ypxr7cN1SCiJyTCB71ESyIqr-sEf7hTM-aeWxAgI/s1600/borboleta_saindo_do_casulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<img height="299" id="irc_mi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0pEkhhfUO8Cl4MVBkwbW9LAxkUJd6GewTluqsgS3to6KVg_ZHDr7B4mwfYC0aWs43OOMfmikS509WfQ_UPHJK_S8N8CECcEwiLqag28j-cr9pj6ff9wVhmwvtIuJMCC4cTGduemQVEBo/s400/borboleta+casulo+4.jpg" style="margin-top: 24px;" width="400" /><br />
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<i><b>"E assim como o casulo é forma disforme e precária, que prepara e guarda o surgimento da borboleta para ser livre, bonita e plena na natureza, assim, também, é o corpo, somente uma preparação para o encontro da liberdade e amor eterno". </b></i></div>
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<b>Há poucos dias, deparei-me com uma jovem, rica, bem-sucedida e responsável por uma função admirada na sociedade, cuja ação e comportamento afeta a vida dos outros</b>. <b>Um trabalho definido como superior, em que tratamentos de resignação (quase um sempre cuvar-se) deve ser feito para mesma, para fins de sentir-se superior e respeitada.</b> <u>Esta moça, viva e ávida por comandar, teve notícia deveras triste, que a informava sobre sua nova condição orgânica em consequência de uma alteração fisiológica: estava doente, sofrendo risco de morte</u>. <b>Seu corpo físico, ficara disforme, não apresentando a beleza de outrora; sua disposição fora subtraída e seus sonhos colocados em posição reflexiva e insegura, temerosa de seu futuro, do que poderia acontecer.</b> <b>Diante da fragilidade de uma vida que está fluíndo de suas mãos, de um corpo que já não lhe servia como antes, <u>a revolta, solidão e raiva tomaram uma forma bem maior que sua própria doença.</u></b> Ela cedera as suas limitações, permitindo, de forma excedente, que suas mazelas se multiplicassem na alma. <b>Todos a olhavam. Olhavam e sentiam pena do que viam.</b> <b><u>O ser humano, acostumado a reduzir as emoções, experiências e vida aos elementos carnais</u>, pensam que, sem corpo, não há mais vida, não refletindo que o ato de pensar, indagar e sentir, não é consequência de células inteligentes, mas sim, de uma alma inteligente, que pensa, indaga e reflete sua realidade. </b></div>
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<b>O indivíduo sente pena de um corpo doente, uma célula disforme, da deficiência física e mental.</b> <b>Sente compaixão por tudo que impede o corpo de desenvolver-se de forma comum, mas não sentem pena da famílias de sentimentos que deixamos nos acessar, nos empobrecer e das mazelas que carregamos na alma.</b> <u>A arrogância, maldade, criminalidade, egoísmo, orgulho são doenças espirituais que pouco notamos e importamos. </u><b>Se pudéssemos ver uma fotografia da alma, assim como vemos do nosso corpo físico, veríamos manchas, buracos, formas disformes e feias das mazelas que nutrimos como defeitos.</b> <b>Veríamos que em cada comportamento maldoso, tratar agressivo e ação ignóbil, nosso espírito adoece, como um vírus mortal para a saúde moral dessa essência inteligente. Infelizmente, não tomamos remédio quando exercemos nosso mal, não solicitamos a nenhum hospital opção de tratamento e não ingerimos mecanismos medicinais para curar nosso rancor, ódio, maldade e limitações</b>. <u>Ah! Se pudéssemos ver nossa alma doente pelo egoísmo e achar horrorosa nossa forma, ter pena de nossas maldades, assim como temos pena de um corte profundo na pele, de um rosto inchado pelo desequilíbrio celular e de uma paralisia que não permite a locomoção: veríamos nossa paralisia moral, nosso desentendimento cristão e a falta de sabedoria que nos deixa vazios perante obstáculos que calculamos como impossíveis de sanar e corrigir.</u><br />
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<u><b>O corpo é determinado para vida, o espírito indeterminado e eterno para a existência</b></u>. <b>As alterações que a carne passa são necessárias para alguma parte e crescimento do espírito. <u>O corpo morre, a alma vive eternamente, constantemente.</u> <u>Não devemos ter medo de uma dor aguda, uma doença crônica ou um corpo indesejável, pois ele não foi feito para existir, mas sim para uma pequena temporada de vida.</u></b> <u>O corpo é um<b> </b>veículo que conduz a passageira alma para regiões de amadurecimento, mas quando a alma alcança seu destino, abandona o veículo, mas sem deixar de viver, apenas continuando sua jornada em moradas superiores.</u> <b>O veículo é máquina de locomoção, a alma, pessoa de inteligência e vivência.</b> <u><b>Aquela moça jovem e bem-sucedida, arrogante e orgulhosa em suas atribuições, tem um corpo de fragilidades para comportar o que seu espírito necessita aprender.</b></u> Através do seu indesejável corpo, o espírito pede algo que suas limitações a impedem de ver: <b>aceitação, bondade, maturidade e humildade</b>. Simples e ignorantes, assim nascemos. <u>Não somos melhores nem piores que nossos irmãos de jornada, apenas aprendizes do amor e da sabedoria; aprendentes da evolução que nosso Pai nos destinou desde quando nos criou para frutificar sua intensa luz e inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. </u></div>
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<b>Há poucos dias, deparei-me com uma jovem, rica, bem-sucedida e responsável por uma função admirada na sociedade</b>. <u>Há pouco dias, deparei-me com uma jovem de espírito imaturo, de bondade precária e com espírito mas doente do que um corpo considerado disforme. </u><b>Um ser aprendente que necessitou de um organismo frágil para mostrar-lhe as reais fragilidades de seu ser: <u>suas mazelas espirituais</u>.</b> Uma doença que será sua ferramenta<b> </b>de evolução, mas somente útil mediante o conhecimento de suas fraquezas morais, para as devidas correções, para que assim, reeducando sua conduta, possa conquistar a verdadeira saúde de um espírito: a sabedoria, o trabalho, amor e a evolução;<b> a evolução destinada a toda e qualquer essência inteligente dispersada no universo. </b></div>
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8255215925596047872.post-18474704394119470262012-01-04T09:03:00.000-08:002013-01-30T15:18:29.331-08:00Diário de Viagem: Cidade de Goiás.<div style="text-align: justify;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY-5g8pev6NBCHOQuqW-ugdUxTYWCm5eEBiPDPXE2uq55NsYTWNzAXHpW49IU8-Zh_LXEy9Hnx8L3f-Sh8gpXHmkCHy0jnSyw9nMLrmnqSLkAbD0Eo7QCmPO7z8mKUy7vXNNL8AkcQL0Q/s1600/DSC04036.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY-5g8pev6NBCHOQuqW-ugdUxTYWCm5eEBiPDPXE2uq55NsYTWNzAXHpW49IU8-Zh_LXEy9Hnx8L3f-Sh8gpXHmkCHy0jnSyw9nMLrmnqSLkAbD0Eo7QCmPO7z8mKUy7vXNNL8AkcQL0Q/s400/DSC04036.JPG" width="400" /></a></div>
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<b>Casas antigas, estradas de pedras, luminárias seculares; povo solícito e receptivo a novos rostos, vozes e sorrisos.</b> <b>Cidade de Goiás, antigo Goiás Velho, que de velho e sereno tem tudo: história, estrutura, edificações e lendas. Terra bonita, calma em sua essência, que demora para falar, andar, passar e viver.</b> Uma pintura viva e brilhante de um povo patrimoniado intacto por seu percuso singular e pelo caminho que percorreu pelos séculos de sua existência. <b>Cidade de Goiás (que não pode mais ser chamada de Goiás Velho) abriga lares acolhedores, arquiteturas simplórias e raras diante um mundo que corre contra o tempo e espaço e busca a tecnologia e a estética como definição de bebeza e estilo de vida.</b> Um espaço geográfico pequeno, que transporta os seres que a visitam para tempos remotos, como se não estivéssemos na contemporaneidade, mas <b>sim em uma local perdido no globo, onde os homens esqueceram de manipular, usar e transformar a bel prazer.</b> Uma viagem que marca cada turista pela paixão de um lugar diferenciado, onde se contempla tudo e todos sem o cansaço natural do já conhecido e vivido.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqlkCcXOeJGkcNYqDkXRQvWS1wOlmTGfnYdCraqDrg0A4Ad4z68nVKwAH42iiEz0mowLUe2h3zHG0rEL080j4sXm4nXp2sklLLRiHQ8XBLkWiILyxNlq-_KvUf3fU4ZONFxcpG5xAnsSg/s1600/DSC04147.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqlkCcXOeJGkcNYqDkXRQvWS1wOlmTGfnYdCraqDrg0A4Ad4z68nVKwAH42iiEz0mowLUe2h3zHG0rEL080j4sXm4nXp2sklLLRiHQ8XBLkWiILyxNlq-_KvUf3fU4ZONFxcpG5xAnsSg/s200/DSC04147.JPG" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<u>Formado por ruelas, por pedras grandes e ruas esburacadas, andamos calmamente, sem pressa, sabendo que o ritmo frenético de outrora lá não existe, restando apenas pessoas com sorrisos largos sentadas nas portas de suas casas, em suas cadeiras rústicas, apreciando o andar dos transeuntes e vendo as novidades se apresentarem como artes que se formam todos os dias.</u> <b>As janelas, de madeiras velhas e cores diversas, contam para todos que lá, a violência inexiste e a confiabilidade é a lei maior</b>. Terra bonita, de igrejas de idade avançada, de morros e estrutura disforme, como se mãos tivessem cavado e violado a terra em busca de tesouros. E, os artesantos, expostos nas casinhas, revelam uma arte local única, com características de um povo que imprime em sua arte, fala e objetos todas as tradições absorvidas por serem nascidos <b>em região rica em cultura e memória</b>. <b>Ao centro, na ponte bonita que corre um rio com fluxo constante e frio ao pernoitar, vemos a casa da escritora Cora Coralina, sua moradia, vida, história e reminiscências, onde é narrado ao povo visitante o orgulho da cidade: <u>apenas uma senhora que olhou a vida e soube a poetizar, oferecendo palavras harmoniosamente casadas para conduzir-se a alma.</u></b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjskKi-87MDdGKNbWWN1XR4UdsmEcUHRgM3fwNeeYILJXbrzKZGyqh6un7mL5VTsa9DRgItegSTXuBEt5Q4bYO48vwYeqrXxZEkB6QBXuzmbBMLlHfPiI644CYlKRV_22ceyTZPbR_n_-M/s1600/DSC04057.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjskKi-87MDdGKNbWWN1XR4UdsmEcUHRgM3fwNeeYILJXbrzKZGyqh6un7mL5VTsa9DRgItegSTXuBEt5Q4bYO48vwYeqrXxZEkB6QBXuzmbBMLlHfPiI644CYlKRV_22ceyTZPbR_n_-M/s400/DSC04057.JPG" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSWp7DnkZb5u-F55o1mvSpd3tzueMccf_nxwfr5Gt-qP9var3hpBt1sJf1QXfjDacjBXnXdjLw_OrlusZ1Qf-8U-yF4UKkxmjwIBzr3cf-pnYGuj0n08T_TGqmDP64mOl9gZtO2928cT0/s1600/DSC04144.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSWp7DnkZb5u-F55o1mvSpd3tzueMccf_nxwfr5Gt-qP9var3hpBt1sJf1QXfjDacjBXnXdjLw_OrlusZ1Qf-8U-yF4UKkxmjwIBzr3cf-pnYGuj0n08T_TGqmDP64mOl9gZtO2928cT0/s200/DSC04144.JPG" width="200" /></a></div>
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<b>Ladeiras, pedras, constrastes. Beleza e prosas alegres e amistosas. Gente simples que mesmo quando guarda muito, não criou medidas e barreiras de segregações e indumentárias</b>. Povo esquecido, longínquo, apenas visitado e constantemente <u>deixado para trás</u>. Um povo que nasce<b> </b>abastado e acostuma-se a dar adeus e esperar por mais visitantes curiosos. <b>Sim, uma cidade velha, por isso bonita.</b> Um Goiás Velho que protege uma parte do que foi este Estado e como viviam àqueles que, antes de nós, deixaram estradas prontas para o desenvolvimento e para o moderno. <b>De clima quente, mas com um sol que não machuca nem atormenta, tem um povo caloroso, alegre e comumente sereno, preguiçoso por levantar e viver de forma intensa, apenas vivendo a observar o outro, o mundo e o cenário de cores, casas e objetos que definem sem questionamentos um local que, merecidamente, tornou-se patrimônio, não permitindo que mãos indevidas violem uma construção impecável, antiga e cheia de riquezas que alegram nossos olhos ao conhecer a Cidade de Goiás, essa mesma, antes chamada de "Goiás Velho".</b><br />
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Daiane Santohttp://www.blogger.com/profile/02494751028930437296noreply@blogger.com2